Política

Éden Valadares reage após Bolsonaro ser indiciado por golpe de Estado

Presidente do PT baiano avaliou indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por golpe de Estado como 'estarrecedor'

Éden Valadares garantiu que PT baiano está em processo de renovação há mais de 20 anos
Foto: Divulgação

O presidente do PT baiano, Éden Valadares, classificou como um dia “estarrecedor” após a Polícia Federal (PF) indiciar o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e mais outras 36 pessoas, dentre elas generais de alta parente das Forças Armadas e de agentes federais, por planejar um golpe de Estado e o assassinato do presidente e do vice-presidente eleitos, Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

“Um dia importante, mas está estarrecedor mesmo”, disse o dirigente ao Bnews. “A Polícia Federal detalha e revela ao Brasil um esquema de golpe de Estado que envolvia não só o crime de atentado violento contra o governo, o Estado, o Estado Democrático de Direito, o golpe de Estado, organização criminosa, mas o caráter violento desse planejamento, que previa, inclusive, o assassinato do então presidente eleito e do vice-presidente eleito, e do ministro da Suprema Corte do país”, ressaltou ele, ao completar:

“O mundo inteiro olha para o Brasil assustado”.

Indiciamento de Bolsonaro

Para o dirigente do PT, o indiciamento é o primeiro passo. “Deve haver depois a denúncia feita pelo Ministério Público, pela Procuradoria, a aceitação da justiça a essas pessoas. O rigor da lei prevê, inclusive, que eles têm a oportunidade de se defenderem, mas nós não podemos vacilar”, afirmou.

“A República Brasileira, a democracia brasileira, as instituições brasileiras e os homens e mulheres livres desse país, que valorizam a nossa democracia e todos aqueles que tombaram, que lutaram para que a gente chegasse num país democrático, que batalham diariamente para a gente viver numa democracia, não pode haver vacilação, muito menos anistia”, salientou.

Ainda conforme o dirigente, a investigação, o julgamento e condenação de todos os envolvidos deve ser feita de “forma exemplar” não apenas para que história não caia no esquecimento, mas também para que ela não se repita.

“Não torço pela prisão de ninguém, mas torço que quem atue, planeje e execute um plano contra a democracia brasileira não passe impune. Não pode haver um sentimento de impunidade com relação a todas as pessoas envolvidas. É muito grave o que nós estamos falando”, finalizou.