O homem apontado como mandante de incêndios criminosos ocorridos em 12 de setembro deste ano em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, foi preso nesta quinta-feira (21). A ação faz parte da segunda fase da “Operação Huǒlóng: Dragão de Fogo”, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia.
O acusado, um chinês de 45 anos, tinha contra ele mandados de prisão e de busca e apreensão e estava sendo monitorado pelas equipes policiais. Ele foi interceptado na BR-324, próximo ao Parque de Exposições. Com ele foram encontraram duas pistolas Glock e a quantia de R$ 3.200.
A investida foi realizada por meio do Serviço de Investigação da 1ª Delegacia Territorial de Feira de Santana, com o apoio do Núcleo de Inteligência e da Coordenação de Apoio Técnico e Tático à Investigação (CATTI/Sertão).
Apurações da Dragão de Fogo
As apurações indicaram que um grupo, com base em São Paulo, orquestrou a destruição de imóveis e mercadorias das vítimas como parte de disputas comerciais.
A atuação integrada com agências de inteligência dos estados da Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul possibilitou a identificação dos principais envolvidos e resultou na prisão de três suspeitos, detidos na terça-feira (19) nos estados paulista e gaúcho.
De acordo com as investigações, o crime foi financiado por um empresário chinês, residente em São Paulo e proprietário de uma empresa de importação e exportação, que teria pago R$ 50 mil para a execução dos ataques. A motivação está relacionada a uma rivalidade comercial entre o mandante e as vítimas, empresários chineses residentes no município baiano.
Um cabo da Polícia Militar de São Paulo foi indiciado como intermediário na contratação dos executores. Ele articulou a participação de quatro envolvidos, sendo responsável pela coordenação da operação criminosa.
Histórico
Em setembro, uma sequência de três incêndios atingiu inicialmente um depósito de produtos importados no bairro Pedra do Descanso, onde estavam estocados cerca de R$ 8 milhões em mercadorias.
Em seguida, duas lojas localizadas na rua Conselheiro Franco, no Centro da cidade, também foram incendiadas. Todas as propriedades pertenciam a um mesmo grupo de comerciantes chineses. Os prejuízos foram estimados em mais de R$ 15 milhões.
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