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8 de Janeiro: PT faz pedido a Lira sobre Projeto que anistia condenados; confira

Documento sobre Porjeto referente ao 8 de janeiro foi apresentado pela presidente do PT, deputada federal Gleise Hoffmann (PR)

8 de Janeiro: PT faz pedido sobre Projeto que anistia a condenados
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O PT apresentou ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), um requerimento para que seja arquivado o Projeto de Lei (PL) n.º 2.858, que prevê anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023. As informações são da Agência Brasil.

O documento foi entregue, na quarta-feira (20), pela presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e pelo líder do partido na Câmara, deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Em nota, a legenda avaliou que manter a tramitação do projeto é “inoportuno” e “inconveniente” para a democracia.

“Isso ficou demonstrado cabalmente pelo recente atentado a bomba contra a sede do STF [Supremo Tribunal Federal] em Brasília e pelas conclusões da Polícia Federal no inquérito do 8 de janeiro, revelando os planos de assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre Moraes”, destacou o comunicado.

“Além de demonstrar a gravíssima trama criminosa dos chefes do golpe, que poderiam vir a se beneficiar da anistia proposta, a perspectiva de perdão ou impunidade dos envolvidos tem servido de estímulo a indivíduos ou grupos extremistas de extrema-direita”, afirmam os deputados.

Operação

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na terça-feira (19), uma operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o pleito de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

A corporação informou ter identificado a existência de “um detalhado planejamento operacional”, denominado Punhal Verde e Amarelo, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022. “Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”, destacou a PF.

Quatro militares do Exército e um agente da PF foram presos na operação.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Os quatro são integrantes das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como “kid pretos”, altamente especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras táticas militares de elite.

Também foi autorizada a prisão preventiva do agente da PF Wladimir Matos Soares, suspeito de envolvimento no plano.