Plano para assassinar Lula

Éden Valadares critica silêncio de ACM Neto sobre plano de golpe revelado pela PF: “Quem se cala é cúmplice"

Segundo a PF, o plano foi discutido na casa de Braga Netto, então candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro

Foto: Divulgação/PT Bahia
Foto: Divulgação/PT Bahia

O presidente do PT Bahia, Éden Valadares, acusou ACM Neto de cumplicidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após o silêncio do ex-prefeito de Salvador diante das revelações da Polícia Federal sobre um plano golpista para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

Segundo a PF, o plano foi discutido na casa de Braga Netto, então candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, e documentos relacionados ao golpe foram impressos no Palácio do Planalto.

“Por que ACM Neto não solta a mão de Bolsonaro? Porque são a mesma coisa na Bahia”, afirmou Éden nesta quarta-feira (20).

Éden também destacou a omissão de ACM Neto após as revelações da PF, contrastando com a postura crítica frequente em relação ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e ao presidente Lula. “Quem se cala contra o golpe é cúmplice do golpe”, declarou o dirigente.

Para o presidente do PT, o silêncio de Neto demonstra um alinhamento histórico com práticas autoritárias. Ele relembrou a postura do ex-prefeito em eleições anteriores, quando Neto não se manifestou sobre sua preferência por Bolsonaro.

“Se já não havia espaço para o ‘tanto faz’ antes, hoje é um absurdo lideranças políticas continuarem caladas diante de um conluio golpista revelado dentro do Palácio do Planalto”, criticou Éden.

Para Valadares, o momento exige um posicionamento claro em defesa da democracia. Ele apontou a “encruzilhada” entre os que defendem a Constituição e aqueles que, por ações ou omissões, flertam com o autoritarismo.

“O silêncio reforça a tradição autoritária do carlismo, que agora se encontra com o golpismo de Bolsonaro e seus aliados. Defender a democracia é uma escolha que precisa ser feita com palavras e ações, não com silêncio”, concluiu.