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Ministro de Lula afirma que Trump deve ficar isolado com negacionismo climático

Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, disse que presidente da Argentina, Javier Milei, pode seguir mesmo caminho

Donald Trump ficar isolado com negacionismo climático, diz Paulo Pimenta
Foto: Isac Nobrega/PR

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou que o presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, deve ficar isolado do resto do mundo pela postura de negação à crise climática e a defesa pela expansão do uso dos combustíveis fósseis.

A fala do titular da pasta ocorreu durante participação no programa Giro Social, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). “O mundo hoje está muito multilateral. Nós temos o Sul Global, temos outros países com força, como a Índia, como a própria China, que não tinha essa força há algumas décadas. O Brics passa a ser outro vetor importante desta geopolítica internacional”, iniciou Pimenta.

“Então, se os Estados Unidos acabar, em função do Trump, para essas pautas específicas, fugindo desse esforço internacional, se a Argentina eventualmente optar por também seguir esse caminho, eu tendo a achar que eles ficarão numa posição de isolamento”, completou o titular da Secom, que avalia que a Argentina pode seguir a mesma posição dos Estados Unidos.

Na ocasião, ele citou alguns desastres climáticos recentes, como o do Rio Grande do Sul, o de Valência, na Espanha, e da chuva atípica no deserto do Saara, na África. Para Pimenta, todos esses cenários tornam difícil até mesmo para Donald Trump negar a crise climática.

“Independentemente do Trump, você acha que os grandes grupos econômicos americanos vão ignorar essas exigências do mercado para garantir que seus produtos possam ser vendidos na Europa ou em outras regiões do planeta? Evidente que não”, disse.

Para o ministro, mesmo que Trump não participe presencialmente desses debates e fóruns internacionais sobre clima, “o mundo vai caminhar e não vai ficar refém dos Estados Unidos ou de condutas negacionistas de ninguém. E o Brasil cada vez mais tem um papel, um protagonismo, uma importância nesse cenário”.

*Com informações da Agência Brasil