O presidente do PT baiano, Éden Valadares, saiu em defesa do governador do Estado, Jerônimo Rodrigues (PT), após o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), questionar a gestão estadual pelo fato de a Bahia liderar levantamento sobre facções criminosas.
Segundo o levantamento da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) do Ministério da Justiça, o estado baiano conta com 21 organizações criminosas, enquanto Minas Gerais, o segundo colocado, possui 11. O estudo ressalta a influência das duas principais facções do país — o PCC e o CV (Comando Vermelho) — presentes em 24 estados brasileiros.
Nas redes sociais, Neto fez uma analogia entre violência e futebol para criticar a segurança pública no estado. “Vocês já pensaram que a Bahia só é líder em coisas negativas? Estado mais violento e com o pior índice de desemprego do Brasil e na zona de rebaixamento da educação pública. Agora, mais uma estatística confirma essa triste realidade: somos o estado que tem mais facções em todo o Brasil, com 21.”
Horas após a publicação, o dirigente petista reagiu, afirmando que Jerônimo vem se empenhando para combater o crime e reduzir a violência no estado desde que assumiu a gestão, em janeiro de 2023. Éden pontuou que enquanto o governador trabalha, o ex-prefeito de Salvador comemora violência.
“Se fosse irresponsável não trataria a questão da segurança como prioridade. Vários estados camuflam os dados, vários estados seguem tratando um assunto dessa importância como disputa eleitoral, mas Jerônimo não”, disse Éden.
“A Bahia é vítima da escalada da violência e do crime organizado. Resta às lideranças aderir e celebrar, como faz Neto, ou combater e desarticular como Jerônimo está fazendo dia após dia”, ressaltou Éden.
Ainda de acordo com o presidente do PT baiano, o governador não tem medido esforços para melhorar a segurança pública, com a criação do Programa Bahia pela Paz. Ao todo, foram R$ 234 milhões investidos em ações desde o segundo semestre de 2024. “[Com a] contratação de mais policiais, muitas entregas de equipamentos de segurança em todo o estado e investimento em inteligência, componente fundamental para o planejamento, identificação e avaliação de verdadeiros ou potenciais crimes”, completou.