A Polícia Federal indiciou o candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), por uso de documento falso para prejudicar Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições deste ano. Dois dias antes do primeiro turno, Marçal exibiu o laudo falso em suas redes sociais. Segundo Marçal, Boulos teria recebido atendimento por uso de drogas ilícitas.
Marçal declarou que a rapidez do indiciamento reflete um viés contra candidatos de direita. “É claro como o julgamento moral para quem se identifica com a direita é mais ágil. Nunca vi uma resposta tão rápida como essa. O fato ocorreu em 4 de outubro, e o indiciamento saiu em apenas 34 dias, um recorde”, afirmou em nota.
Assim, Marçal deixa a condição de investigado e passa a ser indiciado. Portanto, o próximo passo é o envio do Inquérito Policial ao Ministério Público, que pode decidir se oferece ou não a denúncia. Apesar disso, Marçal só passa a ser réu no caso do juiz aceitar a eventual denúncia oferecida pelo MP.
Na última sexta-feira (8), Marçal prestou por cerca de 3h Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo. De acordo com o coach, ele não tem ligação com o caso, já que sua equipe teria decidido postar o conteúdo.
Boulos se pronuncia
Guilherme Boulos comentou o caso nas redes sociais. Ele afirmou que o indiciamento representa “a primeira resposta às fake news abjetas que marcaram a disputa eleitoral deste ano em São Paulo.”
Em 7 de outubro, a Polícia Federal concluiu que a assinatura do médico, que teria atendido Boulos, é falsa.
Além disso, Boulos também cobrou firmeza da Justiça contra o uso irregular da máquina pública por Ricardo Nunes e o crime eleitoral praticado pelo governador Tarcísio durante o segundo turno. Ele se referia a uma declaração de Tarcísio de Freitas, que, ao apoiar Nunes em campanha, associou Boulos à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
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