A tensão política na cidade de Curaçá (norte da Bahia) se estendeu para além das eleições de outubro deste ano, vencidas por Murilo Bomfim (PT), candidato da oposição na cidade, que atualmente gerida por Pedro Oliveira (Podemos). Este, por sua vez, viu Adriano Araújo, nome apoiado por ele (Podemos), sofrer um revés nas urnas.
O grupo contrário ao podenista acusa o gestor de estar enfrentando uma crise na Prefeitura, com pendências financeiras que incluem dívidas com fornecedores e pessoal contratado.
Ainda de acordo com a denúncia, a situação teria sido agravada pela demissão de todos os funcionários admitidos após a derrota nas eleições. Pedro teria se recusado a pagar pelos dias trabalhados no mês passado.
As dívidas da gestão em Curaçá, fora as citadas, ainda existiriam com outras empresas e instituições, a exemplo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba) e Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).
Procurado pela reportagem do PSNotícias, Pedro Oliveira reagiu às acusações da oposição e disse que o grupo contrário a sua gestão já está pensando no pleito de 2028.
“Isso é picuinha da oposição. Nós estamos com tudo organizado e vamos fazer uma transição […] está tudo sob controle. É natural, que em um final de gestão, depois de uma eleição, você corta muitas coisas para ajustar o fechamento do ano”, disparou.
Questionado então os motivos pelos quais a oposição a ele estaria fazendo essas acusações, Pedro citou a aprovação da gestão dele, que estaria acima dos 70%, além do recebimento do Selo Unicef, atribuído a municípios que se engajam em iniciativas que visam o cumprimento dos direitos da infância e adolescência.
Ao falar sobre as pendências, ele afirmou que a única dívida que a Prefeitura de Curacá tem é junto ao INSS. “Essa dívida nós já temos, inclusive, há mais de 40 anos. É uma coisa que a gente sempre renegocia e parcela. Mas, a notícia é que a oposição já está preocupada com 2028”, finalizou.