Entrevista

Pithon chama traficantes de 'bosta de cobra' e afirma: 'Nunca terão condição contra nós'

Investigador foi entrevistado na Piatã FM

Douglas Pithon na Piatã
Foto: Carlos Azevedo/Piatã FM

Um dos nomes fortes do combate ao crime na Bahia, o investigador da Polícia Civil Douglas Pithon, da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), foi entrevistado na segunda edição do P Notícias, da Piatã FM. Na ocasião, mandou um recado aos integrantes de facções criminosas que atuam no estado.

Durante sua participação no programa jornalístico da rádio, na noite desta quarta-feira (6), o policial disse que o único caminho para os faccionados é a rendição.

“Os traficantes são todos eles ‘bosta de cobra’, ‘bufa na farofa’. Eles nunca, em nenhuma hipótese, terão condição contra nós, então o melhor que tem a se fazer é entregar suas armas, se render, ser preso e cumprir a sua penitência na cadeia”, aconselhou.

Assista:

Liberação das drogas

Douglas Pithon também comentou a polêmica discussão da liberação das drogas. Ao ser questionado sobre ser favorável à medida, defendida por alguns candidatos em campanha, o policial lotado na Coordenação de Operações e Recursos Especiais foi enfático.

“Enquanto sociedade, não estamos educados a conviver com nenhum tipo de liberação de droga. Da mesma maneira que quando me perguntam sobre ser a favor do porte de arma de fogo para as pessoas, eu também não sou a favor”, disse, antes de comparar: “A gente não pode tentar implementar em uma sociedade que a gente conhece, como a da Bahia e do Brasil como um todo, com o que é feito em Zurique, na Suíça”.

Armas: Palestina x Alphaville

Ainda sobre comportamento social, o investigador opinou sobre porte e posse de arma de fogo, apontando diferenças de conduta.

“O porte de arma seria aquele camarada que teria possibilidade de num shopping estar portando arma na cintura para sua autodefesa. Já a posse seria a possibilidade de ele ter a arma dentro de casa para fazer a proteção da sua família e sua casa. Talvez a posse, hoje, a gente tenha a possibilidade de ter. Mas quando a gente entende esse ambiente geográfico que a gente vive, eu não posso entender que o camarada que mora em Alphaville tenha a mesma condição do cara que mora na Palestina. Se eu crio um distanciamento entre esses dois universos, já entendo que eu não consigo dar igualdade para esses dois espaços, então eu não seria a favor. Porque não posso deixar um cara que mora na Palestina sem ter, porque ele mora na Palestina, e o cara do Alphaville ter, porque ele mora no Alphaville”, avaliou.

Siga o canal do PSNotícias no WhatsApp e receba as principais notícias da Bahia, do Brasil e do Mundo.