O Ministério da Saúde fechará 2024 com prejuízo nas vacinas. No total, cerca de 22,9 milhões de doses venceram entre os meses de janeiro e outubro e dessas, a pasta já incinerou 10,9 milhões.
Entre os imunizantes descartados, as doses contra Covid-19 dominam, com cerca de 6,4 milhões, seguidas da DTP (vacina infantil que previne a difteria, o tétano e a coqueluche, com 3,1 milhões. Logo após aparece as doses contra febre amarela, com 663,2 mil doses perdidas. Há ainda doses contra tétano, gripe e outras doenças.
As outras 12 milhões de vacinas que ainda não foram incineradas, devem passar pelo procedimento em breve. Desta forma, a expectativa é de que os números aumentem até o último dia do ano. As informações são do site Metrópoles, com dados da pasta.
O que diz o Ministério da Saúde sobre as vacinas vencidas?
Segundo a pasta, as campanhas de desinformação impactaram a adesão da população aos imunizantes. Além disso, a Saúde afirma que não possui gerência sobre a incineração no âmbito estadual.
De acordo com a nota, a Covid-19 lidera o número de vacinas vencidas devido ao atraso durante a campanha. O processo de imunização da população começou de maneira tardia e as doses possuíam curto prazo de validade.
“O Ministério da Saúde adota diversas medidas para reduzir o descarte de vacinas, esforço realizado conjuntamente com as secretarias de saúde. São adquiridas mais de 300 milhões de doses por ano”, diz o comunicado.
Soluções
Segundo a pasta, para evitar desperdício na compra da vacina contra Covid-19 deste ano, o Ministério da Saúde adotou inovações, através de entrega parcelada por parte do laboratório contratado conforme a demanda apresentada pela pasta e possibilidade de troca pela versão mais atual aprovada pela Anvisa.
“Práticas como cláusulas de troca para lotes próximos à validade, contratos plurianuais para gestão eficiente, monitoramento contínuo dos estoques e reuniões mensais com laboratórios para ajuste de cronogramas”.