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Luiz Caetano diz já ter tido boa relação com Flávio Matos em debate na Rede Bahia: 'me chamava de tio'

Candidatos à Prefeitura de Camaçari, Luiz Caetano (PT) e Flávio Matos (União), participam de encontro na manhã desta sexta-feira (25)

Foto: Divulgação/TV Bahia
Foto: Divulgação/TV Bahia

O candidato a prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), disse já ter tido uma boa relação com o seu agora adversário político, Flávio Matos (União), durante debate promovido, na manhã desta sexta-feira (25), pela Rede Bahia.

Em sua fala, o petista, que já foi prefeito da “Cidade do Polo” em duas oportunidades, relembrou sua relação próxima com a família de Matos, especialmente com o pai do candidato, José Matos, que atuou como líder de governo durante sua gestão. “Ele me chamava de tio”, afirmou Caetano.

Ainda de acordo com o ex-secretário de Relações Institucionais do governo Jerônimo Rodrigues (PT), apesar dos laços de confiança com a família no passado, Flávio teria se distanciado das boas práticas de governança, associando-se a práticas que, segundo ele, prejudicaram gravemente a cidade.

“Infelizmente, você se transformou e abandonou a cidade”, disparou Caetano, acusando Flávio de envolvimento com “agiotagem, contratação de mais de 400 funcionários fantasmas, e má gestão do transporte e da saúde pública”.

Flávio faz parte de “quadrilha”, diz Luiz Caetano

Também em críticas ao seu adversário político, Luiz Caetano apontou que Flávio Matos faz parte de uma “quadrilha” que governa Camaçari de forma desonesta. Segundo ele, isso teria deixado a população sofrendo com o sucateamento de serviços públicos essenciais, como os postos médicos, que estariam sem remédios.

Vou devolver a prefeitura para o povo”, prometeu ele, que disse que a sua gestão será focada em melhorias nos serviços públicos e em uma administração transparente.

Sequestro e coação

Luiz Caetano ainda fez uma grave denúncia contra Flávio Matos. Disse que ele o grupo do qual faz parte estão envolvidos em um caso de sequestro e coação de uma apoiadora, a senhora Selma Vieira, que foi forçada a gravar um vídeo para o União Brasil sob ameaças.

O caso, já registrado em Boletim de Ocorrência na 18ª Delegacia Territorial de Camaçari, envolve relatos de que Selma, de 57 anos, apoiadora do vereador reeleito Dilson Magalhães Jr. (PP), foi levada contra sua vontade para uma sala desconhecida.

Segundo Selma, ela foi pressionada a declarar apoio a Flávio Matos e a vestir uma camisa azul, símbolo da campanha do candidato.

No local, estavam presentes o prefeito Elinaldo Araújo, o ex-vereador José Matos (pai de Flávio), Flávio Matos, a esposa, além de outros membros da equipe de campanha, incluindo Coronel Arcanjo e Márcio Matos, que também aparecem como envolvidos no boletim.