investigadas na Operação Lava Jato que tentam fechar ou já firmaram acordos de delação premiada com os investigadores asseguraram de dez a 15 anos de salários aos executivos envolvidos nas negociações. As informações foram divulgadas pela Folha.
Segundo o jornal, o benefício, chamado por pessoas que circulam no meio de "bolsa-delação", foi oferecido pelas empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht àqueles funcionários que se tornaram ou podem virar delatores.
O jornal afirma que tal garantia, segundo relatos de empresários desses grupos, teria dupla função: a de proporcionar segurança financeira aos que encontrarem dificuldades em se recolocar no mercado e a de dar às empreiteiras algum controle na coordenação dos depoimentos para que não se fale algo fora do "script".
A publicação afirma que a Odebrecht, que tenta um acordo com a força-tarefa de procuradores em Curitiba (PR) e com a Procuradoria-Geral da República desde março, garantiu aos cerca de 50 candidatos à delação a manutenção de empregos por pelo menos 15 anos com os salários atuais, além de ajuda para pagar multas decorrentes do processo.
Justiça
Odebrecht e Andrade dão 'bolsa-delação' a executivos
As empresas garantiram salários aos funcionários durante quinze anos, para aqueles que participarem de delação