Quatro pessoas morreram afogadas entre domingo (13) e terça-feira (15) em praias da Região Metropolitana de Salvador (RMS). O primeiro caso aconteceu na Praia do Emissário, em Arembepe, em Camaçari, enquanto um jovem de 20 anos se divertia com os amigos.
No dia seguinte, na praia de Guarajuba, localizada no mesmo município, cinco pessoas de afogaram após serem levadas pela correnteza. Dois homens morreram, sendo um deles turista.
O último caso foi registrado na terça (15), na praia do Caboto, no município de Candeias. Pescadores que passavam pelo local avistaram o corpo boiando no mar e acionaram a polícia.
Santa Cruz Cabrália
Além dos casos da RMS, na terça-feira também foi registrada a morte do professor Valdeir Rocha da Silva, de 49 anos, na praia de Arakakai, no município de Santa Cruz de Cabrália. Morador de Capitão Enéas, no Norte de Minas, ele estava visitando a cidade baiana, quando aconteceu a fatalidade.
Cuidados, causas e soluções
O PS Notícias entrou em contato com o Corpo de Bombeiros para entender as possíveis causas dos acidentes. Segundo o tenente Paulo Fernandes, não há indícios de que os acidentes estão relacionados, mas alguns pontos devem ser levados em consideração.
“Deve-se analisar a lua, como está a maré, o mar de transição, se tem enchente vazante ou hiato, que é quando a maré se torna mais violenta ainda e o banhista pode ser pego de surpresa por uma onda que vem com força, se desequilibrar e ser arrastado”.
Ele afirma que as praias, sobretudo pertencentes ao Litoral Norte, tem um efetivo baixo de profissionais, principalmente durante a semana, e pede às forças públicas, mais atenção.
“Pedimos o olhar das nossas autoridades municipais, porque existe um efetivo muito baixo e eles não colocam embarcações, quadriciclos, para que possamos fazer o monitoramento, aumente o número de profissionais da área, a sinalização, principalmente agora que estamos nos aproximando das férias”.
Além disso, o tenente pede o cuidado redobrado dos banhistas, principalmente aqueles que não conhecem as praias que irão visitar.
“Cuidado ao frequentar o meio líquido, principalmente após ingestão de bebida alcoólica e alimentos de difícil digestão. Procurar se orientar através da sinalização e profissionais. Não nade sozinho. Quando se vê dentro de uma corrente, tente relaxar, nadar na diagonal, porque a força da corrente leva a um lugar mais tranquilo. No caso de afogamento, peça socorro, levanta a mão, grita. Cuidado com a visibilidade da água e não nade em água desconhecida, também evite brincadeiras que possam provocar alarmes falsos ou lesões corporais. É preciso sempre respeitar as orientações e os responsáveis devem observar os menores”
Além disso, é preciso atenção aos objetos levados à praia. A recomendação é de que sejam evitados elementos cortantes.
“Não levar objetos cortáveis para a praia, pois, quando eles ficam na areia, podem cortar o profissional que está indo até a vítima, ou até mesmo os banhistas, principalmente as crianças”.
Como salvar uma vítima?
Com o desespero ao ver pessoas se afogando, banhistas tendem a adentrar no mar para tentar resgatar, o que pode aumentar o número de vítimas. A recomendação é de que, quando um banhista não tem segurança para ajudar, tente o socorro na areia.
“Deve buscar o socorro profissional, porque se o banhista não tem conhecimento, pode ser mais uma vítima. Se perceber que o socorro vai demorar de chegar, pegue um objeto flutuante, amarre uma corda e puxe. Lembre-se que a água no joelho já provoca risco”.
Confira dados de janeiro a outubro na Bahia
- Salvamento aquático – 14.623 mil
- Regates – 109
- Mortes – 27