O Governo do Estado e a Prefeitura de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, vão elaborar um plano de segurança para o município. A decisão foi tomada nesta terça-feira (15), durante reunião entre o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o prefeito do município, Colbert Martins (MDB).
Alguns pontos já ficaram definidos, como a integração das câmeras de monitoramento do Estado e da Prefeitura, a capacitação de agentes da guarda municipal e a doação de armas para o município. O encontro, realizado na sala de reuniões do gabinete do governador, contou com a presença do secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, da delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, do comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PMBA), coronel Paulo Coutinho, e do comandante da Casa Militar do Governador, coronel Adalberto Piton.
Também participaram o procurador-geral de Feira de Santana, Guga Leal, a secretária de Comunicação do município, Renata Maia, e o secretário municipal de Prevenção à Violência, Saulo Figueiredo.
Em 2023 e 2024, foram 1.242 pessoas presas em flagrante na cidade, 708 armas apreendidas, cinco fuzis retirados das ruas, quatro lideranças de facções localizadas e cinco detentos transferidos para unidades de segurança máxima. As ações são frutos de 29 operações especiais, que envolveram as forças de segurança em ações de inteligência e policiamento ostensivo.
Além da redução dos principais índices de violência este ano, o governador destacou o investimento na recuperação da estrutura e dos equipamentos de segurança em Feira de Santana, com a construção das novas sedes da Rondesp Leste, da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), da ronda Maria da Penha, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e com a criação da Companhia Independente de Policiamento Especializado Leste (Cipe Leste). Ao todo, foram R$ 9 milhões investidos pelo Estado nas estruturas de segurança.
Nova reunião
A reunião marcada para a próxima terça-feira (22) irá aprofundar a discussão em questões específicas da cidade, como o entorno da rodoviária e definir ações conjuntas para reduzir ainda mais os índices de violência e fortalecer a sensação de segurança.
“Também queremos reunir o Conseg, o conselho de segurança que pensa a segurança pública municipal, e, assim como fazemos no Bahia Pela Paz, ampliar o diálogo com a participação dos empresários, Ministério Público e Tribunal de Justiça, planejando as ações da forma mais segura possível”, finalizou Jerônimo Rodrigues.