O ex-vereador da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima, foi preso na manhã desta sexta-feira (26), na operação 'Castelo de areia', da Polícia Civil em Cuiabá. Segundo a assessoria da Polícia Civil, a operação investiga crimes de estelionato praticados por uma organização criminosa, com participação do ex-vereador, que aplicou várias formas de golpes, deixando prejuízos que ultrapassam R$ 50 milhões. Sete vítimas foram identificadas até o momento.
De acordo com a Polícia Civil, o ex-vereador foi preso em um hospital particular da capital mato-grossense. A operação deve cumprir cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva.
Em um dos golpes, uma vítima afirma que o vice-presidente da empresa Soy Group, o advogado João Emanuel, teria utilizado um 'falso chinês' para ludibriá-lo em um suposto investimento com parceria com a China, fazendo com que o investidor emitisse 40 folhas de cheque, que juntas somam o valor de R$ 50 milhões.
As ordens de prisão e buscas são da Vara do Crime Organizado e devem ser cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e Chapada dos Guimarães. Um dos locais de buscas é o prédio do Soy Group, localizado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA).
Em dezembro de 2015 o ex-vereador também foi investigado em outra operação da Polícia Civil, que apurava supostas irregularidades cometidas na Agência Municipal de Habitação Popular de Cuiabá, na construção de 145 casas populares de madeira. O ex-secretário, por força de mandado de condução coercitiva, foi levado para prestar depoimento.
Chamada de João de Barro, as supostas irregularidades foram repassadas pela Câmara Municipal de Cuiabá, em 2012. As investigações apontaram que todas as casas foram pagas, mas apenas 20 foram entregues em perfeito estado. Outras 12 foram construídas parcialmente e os moradores tiveram que fazer readequações.
Mandato cassado
João Emanuel, eleito vereador por Cuiabá em 2012, foi presidente da Câmara Municipal mas teve o mandato cassado em 2014 por quebra de decoro. Ele também chegou a ser condenado por improbidade administrativa, mas a Justiça suspendeu os efeitos da condenação.
Reprodução: G1