Duas das principais cidades da Região Metropolitana de Salvador (RMS), Camaçari e Lauro de Freitas vão definir, neste domingo (6), os seus novos chefes do Poder Executivo para o período 2025-2028. E, pelo cenário demonstrado pelas recentes pesquisas, o indicativo é o de que, nos dois municípios, a oposição deve desbancar a situação e garantir as respectivas prefeituras.
Na "Cidade do Pólo", o ex-deputado federal Luiz Caetano (PT), está próximo de chegar ao seu quarto mandato como prefeito – ele já foi gestor do município entre 1986 e 1988, e entre 2005 e 2012. Derrotado em 2016 para Elinado Araújo (União), o petista agora enfrenta o candidato apoiado pelo membro do União, o vereador Flávio Matos (União).
Porém, se há oito anos Caetano sofreu um revés nas urnas, ao que parece, desta vez, o cenário deve ser diferente, pelo menos no que apontam os levantamentos realizados pelos institutos de pesquisa.
Conforme o IPM Brasil, divulgado na sexta-feira (5), ele aparece com 49,4% das intenções de voto, dentro do cenário espontâneo, contra 29,7% de Flávio Matos, uma vantagem de quase 20%. A pesquisa foi feita sob encomenda pela RÁDIO SALVADOR FM.
Já no cenário estimulado, Caetano aparece com 52,8% da intenções de voto, enquanto Flávio surge com 35%. Além dos dois, também é postulante à Prefeitura de Camaçari, mas com uma chance muito pequena, Oswaldinho (MDB).
2º turno?
Nesta eleição, a novidade em Camaçari ficou por conta da possibilidade de termos um segundo turno, já que o município ultrapassou a marca de 200 mil eleitores. Até 2020, a regra era aplicada em apenas três cidades: Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista. No entanto, pelo que apontam as pesquisas de intenção de voto, não deve ser desta vez que a "Cidade do Pólo" vai precisar de uma segunda disputa para escolher o prefeito.
Lauro de Freitas: Moema quebra 'maldição' ou ex-aliada mantém escrita?
Em Lauro de Freitas, vizinha a Salvador, a oposição quer se aproveitar de uma "maldição" para eleger um candidato depois de 12 anos. Por outro lado, a atual gestora lauro-freitense, Moema Gramacho (PT), quer quebrar uma escrita.
Prefeita do município entre os anos de 2005 e 2012, a petista declarou apoio a João Oliveira (PT) no pleito de 2012. Porém, ela viu a eleição de Márcio Paiva (PP) ao Executivo municipal, com o seu postulante ficando na segunda colocação.
Desta vez, o cenário pode ser parecido: Moema – que iniciou a sua nova gestão em 2016 e termina no final deste ano – declarou apoio a Antônio Rosalvo (PT). Porém, do outro lado, ele vai ter de encarar uma ex-aliada de Moema: Débora Régis (União), que conta com o apoio do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), e do atual chefe do Executivo soteropolitano, Bruno Reis (União).
Nas pesquisas, a membro do União aparece à frente de Rosalvo, a exemplo de um levantamento feito pelo instituto Séculus – sob encomenda do Bahia Notícias – e divulgada no último dia 23 de setembro. Conforme o levantamento, Débora tem 52,09% das intenções de voto no cenário estimulado, contra 20,87% do petista.