Após veiculação da matéria em que aponta a remoção da juíza eleitoral de Santo Amaro, Elke Figueiredo Gordilho, por motivos políticos, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) rebateu a tese. A assessoria de comunicação do órgão afirma que a saída da magistrada da 178ª Zona Eleitoral foi um pleito da própria juíza.
"A remoção, nesse caso, foi a juíza quem solicitou. Ela foi parceira, por causa do acúmulo de trabalho e do período eleitoral, ela solicitou (a remoção)", afirma a entidade judiciária.
Na mesma semana em que foi publicado o decreto de afastamento da juíza de Santo Amaro, o prefeito Ricardo Machado, alvo de decisões de Elke, esteve no tribunal. No entanto, segundo o órgão, a visita se deveu ao encerramento dos pedidos de registro de candidatura, embora o petista não seja candidato. "A visita do prefeito à sede do Tribunal Regional Eleitoral se deu quando dezenas de políticos procuravam a unidade devido ao encerramento do prazo para registro de candidaturas. Não tem nenhuma relação com o ato", esclareceu o TRE baiano.
Em Santo Amaro, políticos e autoridades jurídicas atribuem a remoção da juíza aos atos dela contra a gestão do petista na cidade.
Segundo a Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), Elke constava em uma lista de 54 juízes que havia solicitado promoção e somente agora foi contemplada. A juíza teria sido elevada para a primeira instância do Tribunal de Justiça da Bahia.
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