Eleições 2024

Candidato a prefeito de Fortaleza tem passado marcado por polêmicas e escândalos

André Fernandes (PL), Evandro Leitão (PT), Capitão Wagner (União Brasil) e o prefeito José Sarto (PDT) disputam duas vagas no segundo turno

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A eleição para prefeito de Fortaleza neste ano de 2024 tem se mostrado uma das mais disputadas nas capitais do país. A última pesquisa do Datafolha na cidade mostrou que quatro candidatos apresentam chance de ida ao segundo turno. No duelo, estão André Fernandes (PL), Evandro Leitão (PT), Capitão Wagner (União Brasil) e o prefeito José Sarto (PDT), que disputa a reeleição. 

No entanto, o histórico do candidato André Fernandes (PL), marcado por escândalos e polêmicas, pode ser a pedra no sapato do prefeiturável que é filiado ao mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na ficha do candidato, conforme noticiou a imprensa cearense, constam processos e condenações por ataques e desrespeito a mulheres, votações contra a população mais pobre, posição contrária à igualdade salarial entre homens e mulheres e produção de vídeos que influenciam negativamente sua trajetória até hoje.

No “desafio do sal”, por exemplo, o então youtuber e hoje deputado federal cheirava o produto simulando a mesma forma dos usuários de entorpecentes. Em outra postagem carregada de polêmica, André Fernandes ensina a depilar partes íntimas. Em outro, André esfaqueia uma caixa de papelão e diz que o objeto seria a namorada dele. 

Nessa eleição, moldado por marqueteiros, André vende a imagem de moderação, voltando atrás em vários temas que o alçaram à fama repentina na internet e aos cargos públicos no Poder Legislativo. Após ser questionado pelos adversários sobre seu passado polêmico, alegou que era um "adolescente brincalhão".

Em 2021, André foi condenado por acusar uma jornalista da Folha de São Paulo de trocar sexo por informações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na Assembleia Legislativa do Ceará, enquanto deputado estadual, admitiu a prática de nepotismo ao nomear parentes no próprio gabinete e esteve prestes a perder mandato por acusar, sem provas, um colega parlamentar de ter ligação com o narcotráfico.