Eleições 2024

"O objetivo era me silenciar", afirma Eslane Paixão sobre ato de racismo sofrido em campanha

Eslane Paixão denunciou o caso à 7ª Delegacia de Polícia Civil do Rio Vermelho

Divulgação
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A candidata à prefeita de Salvador pelo partido Unidade Popular (UP), Eslane Paixão, denunciou à 7ª Delegacia de Polícia Civil do Rio Vermelho um ato de racismo sofrido durante uma panfletagem realizada no último sábado (14). Durante sabatina da Rádio Piatã FM na manhã desta terça-feira (17), a prefeiturável falou sobre o assunto.  

"Isso não acontece com outros candidatos homens ou candidatos brancos. Durante a panfletagem, aquele homem que cuspiu no meu braço e no nosso material de divulgação tinha o objetivo claro de me humilhar, de querer me silenciar. Eu, uma mulher negra moradora da periferia, única mulher negra concorrendo à Prefeitura de Salvador, entendi como uma atitude criminosa, uma tentativa de tentar me calar. Da mesma forma, tantas mulheres negras são silenciadas todos os dias no nosso país", contextualizou Eslane.

Como forma de enfrentar o racismo, a candidata disse que a prefeitura soteropolitana precisa olhar para a população negra. "Precisamos de uma prefeitura que olhe para a imensa maioria da população, porque nós somos maioria na população. Inclusive, somos maioria no eleitorado. No entanto, nós não estamos representados nos espaços de poder", lembrou.