Bahia

Homens são resgatados em trabalho análogo ao escravo em Salvador

Conforme a SRTE, nove trabalhadores foram localizados após denúncia

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 src=Nove trabalhadores que estavam em condições de trabalho semelhantes ao escravo foram resgatados por auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), emSalvador. A ação contou com apoio da Polícia Federal.

Conforme a assessoria do órgão, a fiscalização ocorreu na quarta-feira (17) nos alojamentos dos trabalhadores, localizados na Estrada da Rainha e na Rua da Lama, após denúncias. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (18).

Ainda segundo a SRTE, os homens estavam há cerca de um mês trabalhando em obras de pavimentação e requalificação no Centro Histórico da capital baana. Eles teriam vindo de várias cidades do Recôncavo Baiano e estavam a serviço de uma empresa que está responsável pelas obras.

Ainda segundo a Superintendência do Trabalho, os trabalhadores estavam sem registro na carteira, não tinham feito exames médicos, estavam com atraso no pagamento de salários, sem descanso semanal e sem local para fazer as refeições.

Além disso, não havia banheiro para os trabalhadores. Nos alojamentos, foi constatado falta de condições de abrigo. Em um deles, uma construção inacabada, com cômodos improvisados, os trabalhadores dormiam em colchões no chão. Havia ainda uma cama improvisada, feita com a a estrutura de andaime. Em outro espaço do alojamento, havia um botijão de gás e não havia janela.

Conforme a superintendência, nos dois locais as condições de higiene eram precárias e não havia água potável para consumo humano. Em depoimento aos auditores fiscais, os trabalhadores disseram ter vistos animais como ratos nas instalações.

A SRTE ressalta que a situação encontrada nos alojamentos, associada à impossibilidade de retorno dos trabalhadores às cidades de origem, e o atraso nos salários, caracterizaram a condição degradante a que os mesmos estavam submetidos.

A superintendência informou que a empresa responsável pelos trabalhadores foi notificada e os homens devem voltar às cidades de onde vieram. Foi determinado que a empresa regularize os problemas encontrados nas frentes de trabalho, faça o registro dos trabalhadores encontrados sem carteira assinada, tome providências para pagamento das rescisões dos nove trabalhadores que foram resgatados, além de garantir o retorno deles às cidades de origem.

Reprodução: G1