Justiça

Ex-policial alvo da operação El Patrón é condenado a cinco anos de prisão por tráfico de drogas

Durante a operação, foram encontrados nove quilos em sua casa, o que resultou na prisão em flagrante do ex-policial

Humberto Filho/Cecom Imprensa
Humberto Filho/Cecom Imprensa

A Justiça condenou o ex-policial militar Josenilson Souza da Conceição a cinco anos de prisão pelo crime de tráfico de drogas. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado da Bahia como resultado da operação El Patrón, deflagrada em 7 dezembro de 2023, quando foram encontrados mais de nove quilos de cocaína em sua casa durante o cumprimento dos mandados, resultando na prisão em flagrante. 

O ex-policial também foi preso preventivamente à época com mais cinco pessoas denunciadas pelos crimes de lavagem de dinheiro, receptação e agiotagem. No total, 15 foram denunciados na operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MPBA, Polícia Federal, Receita Federal e pela Força Correicional Integrada da Secretaria de Segurança Pública (Force/Coger/SSP). 

De acordo com o Ministério Público baiano, Josenilton foi exonerado após a El Patrón e ainda responde por duas ações penais decorrentes da operação. Atualmente, ele se encontra preso em unidade de segurança máxima no Município de Serrinha, e responde a um terceiro processo penal por crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Em sua decisão, a juíza de direito Marcele de Azevedo Rios Coutinho definiu a pena de cinco anos de prisão pelo crime de tráfico de drogas para cumprimento em regime inicial semiaberto. No entanto, a magistrada frisou que o direito de recorrer em liberdade não implicará a soltura, pois o ex-policial possui outro mandado de prisão relativo aos crimes apurados na operação El Patrón.

Na defesa, o réu alegou que não residia no local em que a droga foi encontrada e negou ter relação com a mala que continha o entorpecente. No entanto, a juíza argumento que a prova testemunhal e a perícia produzidas atestaram o contrário."Além das declarações das testemunhas no sentido de que localizaram pertences pessoais do réu no imóvel, a perícia papiloscópica produzida no material ilícito ali encontrados atestou a presença de suas impressões digitais, vinculando-o aos entorpecentes localizados em um dos cômodos da casa", afirmou a juíza.