Se as previsões antes da Olimpíada colocavam Larissa e Talita, do Brasil, e Walsh e Ross, dos Estados Unidos, como as principais candidatas ao ouro olímpico, elas certamente não levaram em consideração a força da dupla alemã formada por Laura Ludwig e Kira Walkenhorst. As vibrantes Ágatha e Bárbara Seixas que, na semifinal, bateram a tricampeã olímpica dos EUA e sua parceira medalhista de prata em Londres 2012 em um jogaço, sentiram na pele a fúria das europeias nesta quarta-feira, nas areias de Copacabana, na final das disputas do vôlei de praia. Elas pararam no paredão de Kira e na técnica impecável de Laura, que venceram por 2 a 0, parciais de 21/18 e 21/14, asseguraram o ouro e deixaram o Brasil com a medalha de prata. A parceria que foi campeã ampliou seu retrospecto positivo contra a dupla da casa para 5 a 1.
O vôlei de praia entrou no programa olímpico em Atlanta, nos Estados Unidos e, logo na primeira edição, o Brasil se tornou potência quando Jackie Silva e Sandra Pires ficaram com o ouro ao bater na final Mônica Rodrigues e Adriana Samuel, que levaram a prata, no dia 27 de julho de 1996. Foi a primeira e única medalha dourada das mulheres na história do país na Olimpíada. Um momento histórico não só para o vôlei de praia, mas para o esporte feminino brasileiro. Desde então, nesse naipe, as brasileiras sempre foram bem, mas bateram na trave, assim como o que acabou acontecendo no Rio de Janeiro, em 2016.
Rio 2016