Salvador e Lauro de Freitas serão palco do Batukka Jazz Festival, em setembro. O evento chega a sua primeira edição com 12 shows gratuitos.
Nove espetáculos acontecerão no Pelourinho de 13 a 15 de setembro, e três shows no Parque Ecológico de Lauro de Freitas, no dia 22. As apresentações vão homenagear as poderosas contribuições da ancestralidade negra para a música mundial. O festival vai explorar desde as origens do jazz até as fusões contemporâneas que continuam a renovar e enriquecer a música afro-brasileira.
O evento destaca a importância das raízes africanas na música, explorando como essas influências moldaram o jazz e continuam a renovar a música moderna. O Batuka Jazz Festival proporcionará ao público uma imersão cultural, com apresentações que vão desde interpretações tradicionais até experimentações que unem o passado e o presente, fortalecendo a diversidade e a riqueza musical na Bahia.
Além dos shows, o Festival realizará duas oficinas formativas de percussão e afro jazz para alunos das redes públicas de ensino nas cidades de Salvador e Lauro de Freitas, ministradas pelo Professor Anderson do Samba – filho do mestre Neguinho do Samba, criador do samba-reggae. As oficinas acontecem de 16 a 20.09, das 15 às 17h, na Sede da Casa Cultural do Reggae, localizado na Praça Jubiabá (Pelourinho) e no dia 22.09, no Parque Ecológico de Lauro de Freitas com inscrições gratuitas.
Mais que apresentar um line up diverso, Batuka Jazz propõe uma experiência de união de sentidos entre a história, a arte e a sociedade, valorizando as origens comuns entre os estilos musicais do norte ao sul da América, como fruto artístico do povo africano escravizado nestes territórios. Uma conexão entre pessoas com todas suas crenças, estilos e orientações sexuais.
Com curadoria de Jamir Lopes, idealizador e Coordenador Geral do projeto, a programação está recheada com o melhor da produção contemporânea da música instrumental afro-brasileira na Bahia, como: Gabi Guedes & Pradarrum com participação de Ellen Oléria (DF), Banda IFÁ e Lazzo Matumbi, Monna & Banda (SP) com participação de Gerônimo Santana, Lan Lanh convida Mário Soares, Jazz para Crianças, Grupo Solista Qué Base, Illy & Banda, o instrumental do projeto Coletivo Casa da Ponte, Mateus Aleluia Filho, Ubiratan Marques e Banda e as atrações internacionais Alissa Sanders Trio (EUA), Michaela Harrison (EUA) cantoras que simbolizam a mistura do jazz americano com a nossa música afro-brasileira produzida na Bahia. São os shows da primeira edição, que vêm para fazer história no calendário cultural do estado.
“O Batukka Jazz Festival vem para unir as músicas de matrizes africanas do mundo, dando este recorte e destaque na programação, que é formada majoritariamente por talentosos músicos negros, mulheres e artistas LGBTQIA+. Como forma de deixar claro o propósito do projeto de criar oportunidades, celebrando a diversidade e a riqueza musical na Bahia. Mas também unindo forças na luta contra o racismo, o machismo, a homofobia e todo e qualquer tipo de exclusão ou preconceito”, explica.
Ju Velloso e Tania Fraccaroli assinam a produção do projeto através da Tom Tom Produções, elas destacam a importância de Salvador ser escolhida como cidade-sede do Festival. “Em 2022 fomos procuradas por Jamir, que realiza há 12 anos o Santos Jazz Festival, com a proposta de nos juntarmos para realizar um festival de jazz em Salvador. Achamos a ideia maravilhosa e desde então trabalhamos para que o Batuka Jazz Festival aconteça. Salvador é a cidade mais preta do Brasil e possui uma diversidade cultural extraordinária.
Difundir a música instrumental afro-brasileira, tendo o jazz como protagonistas, a percussão e a contribuição africana tudo isso na Bahia, é como dizer que estamos em casa literalmente”, afirmam elas que também destacam que o Festival Batuka Jazz é mais do que um evento, é um tributo às ricas heranças culturais que continuam a inspirar e transformar a música ao redor do mundo, esse é apenas o primeiro.
Durante o evento, o público terá a oportunidade de vivenciar apresentações emocionantes que transitam entre o tradicional e o moderno, conectando história, cultura e música em um só espaço. Este é um convite para todos que apreciam a música e desejam celebrar a riqueza cultural das influências africanas que continuam a ressoar em todo o mundo.