Justiça

Coordenadores da campanha de Geraldo Júnior, Carballal e Ivanilson protagonizam queda de braço na Justiça

Uma audiência de conciliação já foi designada pelo juiz do caso para uma tentativa de acordo

Divulgação
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Duas figuras que integram a cúpula da campanha de Geraldo Júnior (MDB), candidato a prefeito de Salvador, estão envolvidos em um embate que foi parar na Justiça. Vereador licenciado da capital baiana, Henrique Carballal entrou com um processo contra Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia, por danos morais.

Carballal, que é coordenador da campanha do emedebista, afirma que foi alvo de uma postagem feita no Instagram no perfil @pvmulherssaoficial. A página teria veiculado uma nota de repúdio contra o vereador licenciado contendo comentários ofensivos. A referida nota dizia que Carballal foi autor de uma "covarde agressão", um "ato de racismo e violência política de gênero" contra Vânia Almeida, dirigente do PV, quando ela tentou acessar uma área reservada na convenção partidária de Geraldo Júnior, que aconteceu na Arena Fonte Nova no dia 4 de agosto.

À reportagem do Portal Salvador FM, Carballal disse que não tolera ser acusado, "de forma leviana", de ser racista, machista e sexista. "Passei minha vida lutando contra o racismo e contra uma sociedade machista e sexista. Ser acusado de forma leviana de racismo e agressão contra mulher não pode passar em branco. A denunciação caluniosa é crime", afirmou.

O vereador licenciado também disse ter como provar que não praticou o ato mencionado na nota do PV Mulher de Salvador. "Eu tenho como provar, de todas as formas, com várias testemunhas e documentos, que eu não cometi nenhum ato de racismo, muito menos agressão contra qualquer mulher. Eu não tive contato com essa mulher. Eu falei com o marido dela, Ivanilson Gomes, presidente do PV, que me procurou querendo que ela tivesse o mesmo acesso que ele. Eu informei que o espaço não estava reservado para mulher de presidente de partido. Ele disse que ela também era dirigente partidária. Eu afirmei que o espaço também não era para dirigente partidária", detalhou Carballal, que pede uma indenização de R$ 28 mil por danos morais.

Ivanilson Gomes, por sua vez, é coordenador do programa de governo de Geraldo Júnior e disse não entender como se tornou alvo do processo. O caso foi sorteado para o juiz Maurício Albagli Oliveira, na 6ª Vara de Causas Comuns. Uma audiência de conciliação já foi designada pelo magistrado para uma tentativa de acordo.

Em entrevista à nossa reportagem, o presidente do PV baiano disse não ver sentido em ser processado por Carballal. "Eu não falei nada dele, não comentei nada. As alegações que aponta não foram feitas por mim, saíram de segmentos partidários que possuem a liberdade e autonomia para se manifestarem. Eu não tenho controle sobre o que pensa o segmento das mulheres no partido. É lamentável que, no meio de uma campanha eleitoral, um coordenador esteja buscando atrito com um partido aliado", externou Gomes.