José Ronaldo, ex-prefeito de Feira de Santana e atual candidato do União Brasil à prefeitura nas eleições deste ano, foi apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos principais beneficiados de um suposto esquema de superfaturamento em contratos com a Secretaria de Saúde do município. O ex-prefeito, que é réu em uma ação de improbidade administrativa na 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de Feira, foi intimado a depor no próximo dia 21 sobre as alegações apresentadas contra ele pelo MPF.
A audiência também ouvirá a ex-secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas (PL), e o empresário Paulo Cézar Queirós Rocha, executivo da cooperativa Redesaúde, suspeita de superfaturar contratos com a prefeitura. Ambos são acusados de se beneficiarem do esquema. A juíza federal Gabriela Macêdo Ferreira está responsável pela ação, na qual o MPF alega que José Ronaldo autorizou licitações que causaram um prejuízo de pelo menos R$ 26 milhões aos cofres públicos.
O MPF destacou que as cláusulas restritivas nos editais das licitações evidenciam o direcionamento para favorecer a Redesaúde, indicando a prática de vários atos de improbidade administrativa por parte de Ronaldo. Segundo as investigações, as liberações assinadas pelo ex-prefeito foram consideradas uma "decisão política desastrosa".
Além de assinar as autorizações das licitações, José Ronaldo é acusado de ter liberado pessoalmente todos os processos de pagamento em favor da Redesaúde. A audiência está marcada para as 9 horas do dia 21, na sede da Justiça Federal em Feira de Santana, onde além dos réus, também comparecerão testemunhas de defesa.