Bahia

Sessão especial celebra dia das Santas Casas de Misericórdia

Fabíola disse que data é de celebração, mas também de busca de soluções

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 src=Para celebrar o Dia Nacional das Santas Casas de Misericórdia, a deputada Fabíola Mansur (PSB) promoveu na manhã de ontem, no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, sessão especial em homenagem aos mais de 400 anos de cuidados devotado à saúde dos brasileiros. 
Além de ressaltar os inúmeros serviços prestados pelas mais de 16 Santas Casas espalhadas pelo estado, a sessão também chamou a atenção sobre a situação financeira, não apenas das Santas Casas, mas também de todas as instituições filantrópicas que prestam atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia. Dados apontam que 94% do atendimento em Oncologia oferecido pela rede pública compete às entidades filantrópicas. Os números são quase os mesmos quando se refere ao tratamento oftalmológico.  
A proponente da homenagem acredita que “um maior apoio do poder público às Santas Casas” impediria o fechamento de grandes centros de atendimento, principalmente no interior do estado. De acordo com Fabíola, o dia 15 de agosto é um dia de celebração, mas “que deve ser pautado pela perspectiva de soluções para o subfinanciamento federal, a burocratização das ações que podem frear o enfraquecimento do sistema, dentre outras medidas essenciais para o setor”. 
Com o mesmo entendimento de Fabíola sobre o reconhecimento aliado à busca de soluções, Maurício Dias, presidente Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado da Bahia (FESFBA), destacou que “iniciativas como essa, de reconhecer o importante papel das instituições e traçar medidas para reestruturar, ampliar e qualificar a assistência prestadas por essas entidades, é significativamente salutar”. Segundo Maurício, sem a parceria com as instituições filantrópicas, que correspondem a 103 centros de atendimento na Bahia, a saúde pública não teria condições de manter boa parte dos serviços oferecidos. 
Antonio Brito, deputado federal (PSD-BA) e presidente, na Câmara dos Deputados, da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, alertou que a situação das instituições, principalmente na Bahia por ser um estado que desponta no atendimento de procedimento de alta complexabilidade, não é das melhores. Ele pontuou que “os recursos não contemplam a manutenção dos atendimentos, a tabele do SUS para alguns procedimentos não passa por reajuste há mais de 10 anos, prejudicando a continuidade e até mesmo a qualificação dos profissionais que trabalham no setor”. 

Fonte: ALBA