Bahia

Após suspensão de aula por causa de tiroteio, escola municipal no Garcia retoma atividades em horário reduzido

Aulas foram suspensas nesta terça-feira, após o assassinato de um homem.

Pietro Baddini/Salvador FM
Pietro Baddini/Salvador FM

Após um homem ser morto na noite desta segunda-feira (29), no bairro Garcia, a Escola Municipal Hildete Lomanto, voltou às atividades na manhã desta quarta-feira (31). As aulas haviam sido suspensas na terça, após o assassinato de um homem, com mais de 30 tiros, e impactou cerca de 770 estudantes. 

A motivação e circunstância continuam sendo apuradas pelos órgãos de segurança, no entanto, populares afirmam se tratar de uma guerra entre facções, que tem sido cada vez comum no bairro. O PORTAL SALVADOR FM esteve na unidade escolar, para acompanhar o retorno das aulas.

“A escola está funcionando normalmente hoje. Ontem não funcionou por precaução e por questão de segurança, e atendendo também ao pedido das famílias, por questões de segurança dos próprios filhos que têm um percurso que eles fazem para vir para a escola […] E hoje a aula é normal, com horário especial, onde vamos liberar um pouquinho mais cedo, mas a escola administrativamente continua no horário normal. E amanhã, aula normal. A região está tranquila, está tudo muito tranquilo”, explicou a diretora Ida Ramos.

A gestora reforçou a importância da aula para os alunos e destacou o ambiente como necessário para o desenvolvimento da criança.

“É um lugar de segurança, é um lugar seguro, é um lugar de proteção para nossas crianças, porque aqui temos professores, temos funcionários, temos toda uma equipe que dá esse apoio, dá esse suporte, e nossas crianças precisam estar dentro de sala de aula, recompondo suas aprendizagens, aprendendo, estudando, lendo, se divertindo, agindo, brincando, trocando e vivenciando esse espaço pedagógico que é super rico e superimportante para a construção desse aluno como cidadão”, destacou Ida.

A vice-diretora, Adaiza Pacheco, também falou sobre a situação, e explicou a decisão sobre a paralisação.

“Elas entraram em contato com a gente, as mães muito nervosa, muito apreensivas, com tudo que aconteceu. Mas aí, hoje nós abrimos a escola com horário reduzido, com um termômetro […] Eles [os alunos] ainda estão chocados também e alguns um pouco receosos de vim”, disse.