Política

Ex-deputado baiano Jean Wyllys e familiares foram monitorados na ‘Abin paralela’

O monitoramento ilegal da “Abin paralela”

Reprodução | Agência Câmara
Reprodução | Agência Câmara

O ex-deputado federal baiano, Jean Wyllys, e membros da sua família também foram espionados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo as investigações da Polícia Federal, o ex-parlamentar e seus parentes foram vigiados pelo software First Mile, através do monitoramento ilegal da “Abin paralela”.

De acordo com o relatório, “os investigados empregaram todos os esforços, inclusive com a realização de ações clandestinas em relação aos parentes do monitorado”. Em mais de uma conversa, os membros da organização conversam sobre como identificar o celular usado pelo ex-deputado.

“Fala amigão. Eles são muito ariscos. Trocam o chip a todo instante. Mas consegui um número que o Jean usou para baixar o Telegram”, escreveu um dos interlocutores, em uma das conversas de WhatsApp obtidas pela PF.

Em outro trecho, os usuários conversam sobre a suspeita de que Wyllys estivesse nos Estados Unidos, usando um número de telefone que teria a foto de sua irmã no WhatsApp. De acordo com as autoridades, as ações datam do período em que o ex-deputado renunciou ao seu mandato na Câmara dos Deputados e passou a ministrar aulas sobre fake news na Universidade de Harvard, nos EUA.