A morte da adolescente cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, completa um ano neste sábado (6). O crime ocorrido no município de Guaratinga, no extremo sul da Bahia, chocou o país e ainda é marcado pelo apelo de justiça da família da jovem.
Nesta data de lembranças, a pai da adolescente, Iago Alves, usou as redes sociais para 'conversar' com a filha e apelar por justiça.
"Um ano sem você, meu amor, infelizmente minha ficha não caiu, ainda espero sua ligação, ainda espero suas mensagens, ainda espero seus abraços, ainda espero ver suas risadas, não sei nem como descrever a falta que você mim faz, saudade está me acabando cada dia que passa. Quero ver quando as autoridades vão prender aqueles satanás (sic). Ministério Público da Bahia, vocês não vão fazer nada?", publicou no Instagram.
Hyara morreu após ser atingida por um disparo de pistola no queixo. Desde o dia do assassinato da filha, Iago iniciou uma batalha em busca de respostas que levassem à punição do culpado. O principal suspeito é o marido Hyara, um adolescente de 15 anos que também integra a comunidade cigana. Os jovens eram recém-casados.
Feminicídio
Uma perícia feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) apontou que há perfil genético do rapaz na arma utilizada no crime. O jovem, que está foragido, foi indiciado por ato infracional análogo ao crime de feminicídio.
Antes da conclusão da perícia, um garoto de 9 anos, cunhado da vítima, chegou a ser apontado pela Polícia Civil como autor do disparo. Entretanto, um perito de forense contratado pelo pai da cigana contestou a versão e comprovou que o tiro não foi efetuado pela criança.
A família de Hyara Flor acusa o sogro da jovem de ter articulado o crime. A motivação seria um caso extraconjugal entre a sogra e um tio da adolescente, o que teria provocado o crime como forma de vingança.