Política

Rui defende eleição direta de Dilma: "O Brasil não precisa de agressões"

Ainda segundo o governador, próxima terça-feira (9), terá uma reunião com governadores do Nordeste e do Norte para se discutir o PL da renegociação das dívidas

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 src=O processo de impeachment enfrentado pela presidente afastada, Dilma Rousseff, foi comentado pelo governador da Bahia, Rui Costa, na manhã desta quarta-feira (3). Em entrevista à Rádio Metrópole o petista disse acreditar na possibilidade dela voltar a governar o país e ainda defendeu as eleições diretas. 

"Wagner está acompanhando ela [Dilma], o momento dela falar de eleições já passou. Essa opinião era de vários governadores. Eu continuo entendendo que pretendemos pacificar e não dá para ficar nessa tensão. O brasil não precisa de agressões, mesmo verbais. Precisamos ter um país que pensa no futuro, mesmo com partidos diferentes. Só uma eleição direta pode criar um novo ambiente no Brasil. Se ela voltar, vira o jogo e a tensão continua. Se ele ficar, vai ser conhecido como traidor. A tensão da primeira propostas está aí. Ninguém vai ver legitimidade nele", pontuou.

Rui falou também que qualquer governo deve usar o diálogo como superação de uma crise. "Tiveram ganhos, independente do governo que vier. Uma coisa é dar um golpe numa presidente com baixa popularidade, outra coisa é retirar direitos que foram implantados para mudar a vida das pessoas. Sai um relatório desses 15 anos, onde o Banco Mundia ele classifica a década desde 2013, quando o Lula assumiu, a década de ouro do Brasil. O Brasil avançou muito nessa década, fez um processo gigantesco de inclusão social, com novos horizontes. É um balanço que foi feito. Haverá uma opinião forte do público". 

Ainda segundo o governador, próxima terça-feira (9), terá uma reunião com governadores do Nordeste e do Norte para se discutir o PL da renegociação das dívidas. "São 45 senadores e vamos convidar. Esse projeto é generoso para os estados ricos, a Bahia deve 4 bi. A dívida dos estados do Nordeste é 4% do total. estamos querendo dizer que o modelo de projeto não nos atende. Porque quem tá pagando a conta para salvar o Sul é o Norte e Nordeste. Fizemos o dever de casa, estamos com as contas em dia e agora se vai tomar a medida penalizando os estados do Nordeste. Não pode o governo resolver o problema dos estados ricos, nem o Nordeste pagar o preço", completou. 

Fonte: Metrópole