O inquérito policial que apurou a morte do estudante e produtor de eventos Leonardo Moura, 30 anos, apontou uma queda como a causa do óbito. O documento foi remetido pelo Polícia Civil ao Ministério Público nesta quarta-feira (27).
Leonardo morreu no dia 11 de julho. De acordo com a família, dois dias antes ele sofreu um ataque homofóbico ao deixar a boate San Sebastian, no Rio Vermelho. Um perito ouvido pelo CORREIO analisou as imagens fornecidas pelos familiares e afirmou que os hematomas eram compatíveis com agressão. Já a versão policial aponta que Leonardo caiu acidentalmente de uma balaustrada, na Praia do Alto da Sereia, também no Rio Vermelho.
Segundo a Polícia Civil, um total de 14 testemunhas foram ouvidas na 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico) para a elaboração do inquérito. Entre elas, socorristas, policiais militares, familiares, moradores da região e a médica do Hospital Geral do Estado (HGE) que prestou o primeiro atendimento ao rapaz..
De acordo com a médica do HGE, Leonardo quando chegou ao hospital tinha lesões condizentes com o relato de queda feito pelos socorristas do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). “Ele estava cheio de areia e com escoriações simétricas e discretas. Não havia sangramento aparente, nem lábios partidos. Não se queixava de dor”, afirmou a profissional.
Ela disse ainda que Leonardo estava relutante. “Ele não queria ficar na maca, saía o tempo todo. Tanto que fui avisar ao chefe do plantão que ele estava inquieto e, por isso, difícil de intermediar a solicitação dos exames (tomografia da região da bacia, tronco, pescoço e cabeça). Ao voltar para sala de sutura, onde Leonardo estava, não o encontrei e relatei o sumiço”, explicou a cirurgiã.
Reprodução/Correio24h