A Controladoria Geral da União (CGU) pretende avançar em outros contratos que o Instituto Médico Cardiológico da Bahia (ICMBA) possui com cidades na Região Metropolitana de Salvador.
A operação Copérnico deflagrada nesta sexta-feira (22) mirou irregularidades em contratos da entidade com as prefeituras de Candeias, onde o prefeito Sargento Francisco e a secretária de Saúde já tinham sido afastados, em São Francisco do Conde e Salvador.
Agora, segundo o chefe adjunto da CGU na Bahia, Ronaldo Machado, ocorrerão também fiscalizações em unidades administradas pelo ICMBA nas cidades de Madre de Deus e Lauro de Freitas.
Em Madre de Deus, a entidade administra o Hospital Municipal Doutor Eduardo Ribeiro Bahiana (HMDERB). Já em Lauro, o instituto gere a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itinga, inaugurada em agosto do ano passado.
Segundo a Polícia Federal, nos contratos com irregularidades em Candeias, Salvador e São Francisco do Conde foi constatado que não havia comprovação da prestação de serviço por parte da entidade registrada como sem fins lucrativos, mas que na prática visa o lucro.
Segundo os delegados da PF, o ICMBA fazia contratos com superfaturamento e a parte repassada pelos entes públicos que excedia os valores gastos eram deslocados para contas do proprietário do instituto, identificado na ação do Ministério Público Federal como Nicolau Martins. Há indícios de que pelo menos R$ 70 milhões podem ter sido desviados entre 2012 e 2015.
(Bocão News) (AF)