Familiares do estudante e promotor de eventos Leonardo Moura, que morreu dois dias após ter sido encontrado desacordado na praia do Rio Vermelho, em Salvador, divulgou imagens do rapaz logo após entrada no Hospital Geral do Estado (HGE), unidade médica onde foi atendido ainda com vida. Para eles, as fotografias provam que Leonardo Moura, de 30 anos, foi vítima de espancamento e não de queda de balaustrada, como divulgado pela Polícia Civil com base em relatos de testemunhas. Os parentes acreditam que Leonardo foi vítima de homofobia.
As imagens compartilhadas com a imprensa e que devem ser anexadas ao processo de investigação mostram que Leonardo Moura apresentava hematoma nos olhos, marcas de arranhões no braço e mãos inchadas.
"Essa foto aqui [do rosto] contraria a versão [da polícia], que diz que ele teve uma lesão no nariz. No nariz não teve. Ele teve lesão no olho direito, olho esquerdo, nas duas mãos, nos braços, nos pés e na região onde houve a hemorragia [região dos rins], que é o que diz a certidão de óbito", afirma o advogado da família, Matos Leite.
O advogado acrescenta que espera a divulgação das imagens das câmeras de segurança da região onde ele foi encontrado desacordado, como também da boate gay onde ele estava na madrugada em que o caso ocorreu. "A família não quer nomear culpado, nem isentar. O que a família quer é a busca da verdade", diz.
Fonte: G1