Um universo sem rótulos, onde a regra é não ficar parado. Assim, o Dança em Movimento, projeto idealizado por alunos do curso profissionalizante da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), teve início na manhã desta quarta-feira (20). A iniciativa oferece aulas gratuitas de mais de 30 tipos de manifestações culturais, todas com relação direta com a dança.
No projeto, alguns alunos se aventuram como professores, ministrando oficinas, a exemplo de jazz, dança afro, de salão e do ventre. Segundo uma das idealizadoras do projeto, Lyu Barbosa, o objetivo do Dança em Movimento é aproximar a arte da comunidade, garantindo oportunidade e mudança de percepção. "Esse é um projeto ousado e vem com uma mensagem de que a arte é para todo mundo. A gente está abrindo as portas para agregar a comunidade com vários tipos de linguagem artística", explica Lyu.
Com música, dança e teatralidade, a primeira edição do projeto vai até 15 de setembro. As inscrições para as oficinas continuam abertas até o preenchimento total das vagas e devem ser feitas na sede da Funceb, no Pelourinho. O interessado precisa ter idade mínima de 18 anos e apresentar apenas a carteira de identidade (RG).
Também idealizador do Dança em Movimento, Douglas Rodrigues destaca que muito do pretende transmitir aos novos participantes do projeto é repercussão do que a dança contribuiu para a vida dele. “A dança foi um divisor de águas na minha vida. É para mim um tipo de terapia. A partir do momento que eu começo a mudar meu corpo, eu começo a mudar minha mente. Quero poder proporcionar essa sensação espetacular a outras pessoas, ensinando o que aprendi”, afirma Rodrigues.
De acordo com a diretora da Funceb, Fernanda Tourinho, o incentivo ao protagonismo através da arte é resultado de um esforço que já leva anos. “Essa escola [de Dança] é um orgulho para nós, baianos. Ela já tem 32 anos de existência e foi a primeira escola pública de dança do Norte-Nordeste. O que foi iniciado aqui hoje nos dá a sensação de satisfação. Esse é o fruto de um trabalho sério que busca dar autonomia às pessoas por meio da inclusão na arte”, comenta a gestora.
Fonte: Secom
