O governo da Colômbia quer reabrir de maneira "definitiva" sua fronteira com a Venezuela, fechada pelo presidente Nicolás Maduro desde agosto de 2015, para evitar que se reproduzam os deslocamentos em massa registrados quando a divisa é aberta temporariamente.
Nos últimos dois fins de semana, dezenas de milhares de venezuelanos cruzaram a fronteira colombiana em busca de alimentos, remédios e outros produtos que estão em escassez em Caracas e outras cidades da Venezuela.
"Não se repetirá pela terceira vez aquilo que ocorreu nos dois últimos fins de semana. Devemos trabalhar para que a próxima abertura da fronteira seja definitiva. No próximo fim de semana, não haverá passagem livre", declarou a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín.
A chanceler se reuniu em Cúcuta com o governador do estado venezuelano de Táchira, José Vielma Mora, que confirmou que a divisa não será aberta nos dias 23 e 24 de julho. "Isso atrasaria as negociações para a reabertura definitiva", disse.
A Venezuela passa por uma grave crise econômica e política que resultou em problemas de abastecimento para a população local, especialmente para sua camada mais pobre. Os moradores reclamam de falta de itens de necessidade básica, como comida, medicamentos e papel higiênico.
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