Os partidos que integram a base aliada do prefeito ACM Neto (DEM) optaram este ano por pulverizar a eleição proporcional para a Câmara Municipal de Salvador (CMS). Entre as legendas que lideram o processo, a maioria sairá em chapas individuais e apenas duas – DEM e PMDB – decidiram abarcar mais de duas siglas. Atualmente são oito coligações – cinco delas singulares.
A expectativa das direções partidárias, consultadas pelo bahia.ba, é de que todos os postulantes sejam anunciados em convenção coletiva no dia 5 de agosto, último dia determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando também deverá ser efetivada a candidatura à reeleição do prefeito ACM Neto (DEM).
Com 28 integrantes oficiais, mais Odiosvaldo Vigas (PDT) – cujo partido é teoricamente de oposição –, a meta grupal da ala é ampliar o número para 39, embora se forem contabilizados os objetivos particulares das agremiações não haverá cadeiras para abrigar tantos representantes no Legislativo, que legalmente “só” comporta 43.
DEM/ PRB/ PMB – O Democratas, que possui cinco integrantes na Casa – Cláudio Tinoco, Duda Sanches, Léo Prates, Orlando Palhinha e Vado Malassombrado –, tenta fazer a maior bancada da próxima legislatura. Para tanto, a sigla do prefeito conta ainda com nomes conhecidos, a exemplo da ex-vereadora Léo Kret do Brasil e do ex-pugilista Reginaldo Hollyfield.
A legenda irá se agrupar ao PRB, da Igreja Universal do Reino de Deus, que já possui dois integrantes na CMS – Isnard Araújo e Luiz Carlos –, e ao PMB, de Ana Rita Tavares.
Hoje, o partido só conta com dois vereadores – Alfredo Mangueira e Pedrinho Pepê – e aposta em figuras da “velha guarda” – os ex-vereadores Pedro Godinho e Sandoval Guimarães e o ex-deputado federal Marcelo Guimarães Filho – e novidades como Nestor Neto (vice de Mário Kertész em 2012), Daniel Rios, irmão do parlamentar estadual David Rios, e Larissa Moraes, presidente do Núcleo LGBT do PMDB – único da sigla no Brasil –, para acertar o alvo.
Se os peemedebistas realmente emplacarem o deputado estadual Bruno Reis como vice de Neto, há a expectativa ainda de Célia compor a chapa proporcional.
PPS/ PTB – Atualmente com cinco legisladores – Beca, Euvaldo Jorge e Joceval Rodrigues (PPS); Kiki Bispo e Leandro Guerrilha (PTB) – o bloco PPS/ PTB tenta, pelo menos, manter o recinto, mas pretende alcançar mais uma vaga.
Além de apostar naqueles que já possuem mandato, no lado petebista destaca-se a campanha de Taíssa Gama, filha do deputado federal Benito Gama, como uma das favoritas no agrupamento.
PMDB/ PSDC/ PPL – Segundo maior partido da coalizão, o PMDB tenta retornar aos tempos em que contava com a maioria dos assentos e pretende eleger cinco nomes em uma coligação com dois partidos ausentes na Casa: PSDC e PPL, da vice-prefeita Célia Sacramento.
Solitários – No campo das legendas que sairão sozinhas na proporcional, embora marchem com Neto na majoritária, a estimativa mais otimista é do PHS, que já possui dois edis – Alemão e Cátia Rodrigues –, mas almeja chegar a cinco com os “puxadores de voto” Igor Kannário e Edcity. Se a tática de colocar os pagodeiros no pleito para alavancar o coeficiente eleitoral der certo, a aposta é de que o ex-vereador Téo Senna seja levado a reboque.
Com nomes considerados competitivos, o PV ainda estuda compor com alguma legenda, mas por enquanto mantém a carreira solo.
Além dos três edis – Henrique Carballal, Eliel Sousa e Sabá –, os verdes depositam suas fichas no suplente Paulo Magalhães Júnior e, sobretudo, na “defesa animal” da irmã do deputado estadual Marcell Moraes, Marcelle, para conquistar mais um posto. Intuito semelhante tem o Solidariedade (SD), do trio Geraldo Júnior, Jota Carlos Filho e Kátia Alves, que planeja chegar a quatro vereadores.
Menos ambiciosos, os também solitários PSC – de Alberto Braga, Antônio Mário e Héber Santana – e PSDB – de Tiago Correia e do atual presidente Paulo Câmara – têm no escopo assegurar a contabilidade.
(Evilásio Jr./Bahia.Ba) (AF)