Protesto no Rio Vermelho (Foto: Jorge Gauthier/CORREIO)
Um protesto por conta da morte do produtor de eventos Leonardo Moura, 30 anos, aconteceu na noite desta sexta-feira (15) no bairro do Rio Vermelho, onde o rapaz foi achado ferido no último sábado e acabou morrendo no Hospital Geral do Estado (HGE) na segunda-feira (11).
Enquanto familiares e amigos acreditam que Leonardo foi alvo de uma agressão homofóbica, a Polícia Civil investiga se ele caiu de uma balaustrada na orla – uma altura de 4,7 metros – e morreu em decorrência dos ferimentos.
A manifestação, batizada de "Chega de LGBTFobia", teve concentração a partir das 18h em frente à San Sebastian, boate onde Leonardo estava antes de sofrer a agressão ou queda.
A versão da polícia, de que moradores viram a queda de Leonardo, é contestada por amigos. "Para gente é impensável essa versão de queda.
A polícia está tentando abafar e tirar o foco de que é um crime de ódio, um caso de homofobia. A família não vai deixar passar e a polícia está cometendo homofobia institucional", diz a professora Carla Freitas, 34 anos, presente no protesto.
Cerca de 300 pessoas estão no local, com cartazes ("A sua piada mata"), bandeiras do movimento LGBT, velas acesas e cruzes. Um som de percussão toma conta das ruas. O grupo segue na rua no sentido Pituba, interrompendo parcialmente o trânsito.
Sócio da San Sebastian e presidente da Associação de Comerciante do Rio Vermelho, José Augusto Vasconcelos disse que em uma reunião com a cúpula da Polícia Militar ficou decidido reforçar a segurança na região, um dos pontos de maior boêmia da cidade.
"Uma base móvel da PM deve ficar o dia todo ao lado da quadra de esportes, na orla, e o contingente de policiais na região deve aumentar", disse ao CORREIO Vasconcelos.
(Correio) (AF)