A Petrobras vai suspender a produção por até um ano em 25 plataformas, inclusive na Bahia. As áreas estarão sob negociação para venda ao setor privado enquanto estiverem paralisadas. A suspensão já foi autorizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) na última semana e, além das 25, já foi solicitada também a paralisação da produção em outras nove unidades.
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, desta quinta-feira (14), as unidades estão situadas nos estados da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e Espírito Santo. Ao todo, as unidades com paralisação solicitada abrangem 24 campos maduros, sendo 11 em terra. A maior parte das áreas já integra o plano de desinvestimentos da companhia, apresentado em março, com 104 concessões que representam 2% da produção da estatal.
Em reunião com sindicalistas, na última terça-feira (12), o presidente da estatal, Pedro Parente, reforçou que não há “solução” para a petroleira sem a venda de ativos. Junto com diretores, o executivo falou que trabalha para “salvar” a companhia e indicou que estuda a entrada de um parceiro investidor na Transpetro para saldar dívidas da subsidiária. Em resposta aos desinvestimentos, os sindicatos já iniciaram mobilização para um novo movimento grevista na estatal. Sindicatos do Norte e Nordeste, onde estão concentrados os campos terrestres já colocados à venda, iniciaram também na terça-feira assembleia para votar indicativo de greve a partir do próximo mês.
Reprodução: Folha de S. Paulo