Bahia

Ambulantes que atuam na região da Avenida Sete começaram a ser cadastrados nesta quarta

De início, a ação deve trabalhar com aproximadamente 150 ambulantes entre os meses de julho e setembro

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Cerca de 50 ambulantes que atuam na região da Avenida Sete de Setembro, no Centro de Salvador, começaram a ser cadastrados nesta quarta-feira (13), pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), para receber consultoria técnica e capacitação sobre formas de ampliar o volume de vendas, garantir a formalização do negócio, além de acesso a noções básicas de marketing e layout das barracas e boxes.

De início, a ação deve trabalhar com aproximadamente 150 ambulantes entre os meses de julho e setembro. O número escolhido faz referência à quantidade de microempreendedores individuais (MEIs) formalizados entre os cerca de 1.500 trabalhadores autônomos que atuam na região. Em todo o Centro de Salvador atuam mais de 13 mil pessoas, segundo estimativa da Semop. A ação desta quarta-feira teve início no Relógio de São Pedro e seguiu pela Rua Direita da Piedade, com a presença da secretária Rosemma Maluf, representantes dos ambulantes e consultores do Sebrae.

De acordo com o presidente da Associação de Vendedores Ambulantes, Feirantes e Microempreendedores Individuais de Salvador (Assidivam), Rosimário Lopes, a iniciativa é bem-vinda, visto que a maioria dos comerciantes informais ainda tem receio de se formalizar. "A adesão é baixa por conta da resistência dos trabalhadores ambulantes em buscar maiores informações sobre os benefícios de se legalizar. Mas, o trabalho ficou mais fácil com o apoio do Sebrae e da Semop, que, com suas ações conseguiram atrair os ambulantes em torno de um projeto quem aos poucos está vingando".  

"Temos uma demanda específica com o comércio informal, que tem um número expressivo de trabalhadores nesta região. Aos poucos estamos consolidando esse ordenamento, mas não deixamos com isso de capacitar e preparar esses trabalhadores, sempre contando com o apoio do Sebrae, na melhoria da gestão desse negócio, com cursos, oficinas e todo o apoio empresarial necessário para dar sustentação ao trabalho deles. O aumento do contingente de trabalhadores informais da cidade reflete a crise econômica que assola o país, e Salvador possui grande parcela desses desempregados, e a primeira alternativa dessas pessoas é partir para o comércio de rua. Por conta disso, estamos requalificando e ampliando os espaços disponíveis", disse a secretária Rosemma Maluf.  

O projeto de consultoria integra algumas das ações do Programa Território Empreendedor Centro, que visa a requalificação socioeconômica da cidade, compreendendo toda a extensão da Avenida Sete e Dois de Julho. Com a consultoria serão repassadas noções de vendas, vitrinismo, layout, qualidade e cortesia no atendimento ao cliente, regularização junto ao Sebrae e à Prefeitura, negociação de dívidas, acesso a microcrédito e a financiamentos. A iniciativa deve percorrer outros bairros de acordo com a demanda.

"Este é um projeto pioneiro no Brasil, que tem o foco no mercado informal, a partir do cadastro de MEIs. Nesse trabalho buscamos perceber as deficiências individuais e coletivas e oferecer mecanismos e dicas para superar esses entraves a partir da oferta de cursos de qualificação. A primeira etapa envolve cadastro, que é seguido do atendimento empresarial feito pelos consultores. As maiores dificuldades ainda dizem respeito à imagem e disposição dos produtos nas bancas. A busca por uma linha de crédito individual também é algo que tem travado o trabalho deles, já que por enquanto o financiamento é disponibilizado em conjunto", esclarece Adriana Lomanto, consultora empresarial do Sebrae.

Fonte: Agecom