Política

Cardososo diz que Dilma retornará à Presidência se julgamento for justo

Em entrevista ao DP, Cardoso diz acreditar em retorno da Chefe

NULL
NULL

 

José Eduardo Cardozo, ex-ministro-chefe da Advocacia-Geral da União e, agora, advogado de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, tem uma missão pela frente: tentar convencer os senadores de que não houve crime de responsabilidade e recolocar Dilma no comando do país.

Em entrevista exclusiva ao Diário do Poder, Cardozo disse que acredita no retorno de Dilma, “se for um julgamento justo”.

O ex-ministro, que ganhou apelido de ‘advogado-geral de Dilma’, também fez uma avaliação do governo Temer e comentou os áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado complicando a situação dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL) e do ex-presidente José Sarney, que supostamente tentaram barrar as investigações da Lava Jato. Confira a entrevista:

O senhor acha que a presidente afastada Dilma Rousseff vai conseguir reverter o placar no plenário e voltar ao poder?

Se houver um julgamento justo, com base nas provas, no processo, eu não tenho a menor dúvida que sim.

Se não prevaleceram razões inconfessáveis, se não se buscar criar um pacto de impunidade no país e questões externas eu acredito que ela volte. Não há nenhuma razão, nenhuma prova, que autorize que tenhamos a consumação desse processo de impeachment.

Por que a acusação garante que houve pedaladas fiscais e crime de responsabilidade e a defesa diz veementemente que não?
Olha… Quem acompanha esse processo viu as provas, sabe que a acusação está fazendo um jogo retórico para fazer um afastamento por razões estritamente políticas de uma presidente que não cometeu nenhum crime.

Basta olhar a realidade e ver como as coisas foram. Não há como se dizer que há crime nesse caso. Não há dolo, nada.

Setores da oposição que nunca se contentaram em perder as eleições em 2014 querem continuar usando os pretextos que acham que tenham seu lado para consumar o impeachment.

(AF)