Ao contrário do que se queixam alguns governistas, o secretário geral do PSB, Domingos Leonelli, entende que o governador Rui Costa não está “alheio” ao processo sucessório de Salvador.
Para o dirigente socialista, ao estimular a candidatura do deputado Sargento Isidório (PDT) e sugerir a pulverização de candidaturas como estratégia para empurrar a definição das eleições da capital baiana para o segundo turno, o petista dá demonstrações fortes de seu envolvimento.
Partiu de Rui Costa, com o aval do ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner, a tentativa de substituir a candidatura da deputada Alice Portugal (PCdoB) pela da secretária estadual de Políticas para as Mulheres, a também comunista Olívia Santana, articulação que não encontrou eco no seio comunista.
Tudo isso, entende Leonelli, sinaliza o envolvimento do governador no processo. “É impossível o governador não se envolver na definição da candidatura da sua base aliada”, diz o socialista.
Segundo ele, é natural que as maiores autoridades assumam o comando político do processo sucessório. “Sempre foi assim. Estamos aguardando a sinalização do governador”, diz Leonelli, ao lembrar que o prefeito de Salvador, ACM Neto, candidato à reeleição (embora ainda não tenha anunciado oficialmente), tem demonstrado estar no comando no âmbito municipal.
“Ele vem coordenando detalhadamente. Mostrou isso orientando as coordenadas que cada um deveria seguir, como a desincompatibilização dos secretários que poderiam compor a chapa, entregando a elaboração do plano de governo a Bellintani [referência ao ex-secretário da Educação, Guilherme Bellintani], por sinal um excelente quadro, articulando todo o processo”, avalia Leonelli.
(Bahia.ba) (AE)
