O PMDB não parece disposto a abrir mão da vice na chapa do prefeito ACM Neto (DEM), que anunciou no 2 de Julho que deve começar a tratar da escolha do nome a partir desta segunda-feira, 4. Fortalecido com a ascensão de Michel Temer na presidência da República, os peemedebistas vão apresentar um rol de razões a Neto para indicar na vice, o deputado estadual Bruno Reis.
"Pelo tamanho, pela sua estrutura, pela sua importância no governo federal nós vamos brigar, vamos reivindicar, mostrar ao prefeito ACM Neto que peça a compreensão aos demais aliados, mas esse é o momento do PMDB, nosso partido tem essa primazia para ocupar a vice, para fortalecer a vitória dele e a própria governança", declarou, neste domingo, 3, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, presidente estadual do PMDB.
Recentemente, o ministro conseguiu "destravar" o projeto do BRT de Salvador que a prefeitura reclamava não ter sido liberado na gestão da presidente Dilma Rousseff por "questões políticas".
Ele lembrou que "em termos de peso político, tamanho do tempo de televisão, o fato da sigla ter, hoje, o presidente da República para sustentar projetos futuros, o PMDB está credenciado como ocupante da vice na chapa".
Contou também que a direção da sigla vai reivindicar "fortemente do prefeito que ele mostre aliados" a situação. Geddel confirmou que seu irmão, o deputado Lúcio Correia Lima, já foi chamado para conversar sobre o assunto.
O PMDB tem cinco minutos de tempo na propaganda de rádio e TV, o que o torna ainda mais atrativo na campanha.
Durante o desfile do 2 de Julho, ACM Neto disse que "tudo vai pesar na minha escolha. E eu, por uma questão de parceria e respeito a minha vice-prefeita, [Célia Sacramento] começarei as conversas exatamente com ela. Vai ser a primeira pessoa que vou conversar antes de qualquer partido ou liderança".
Além de Reis e Célia, disputam a vice o ex-chefe da Casa Civil Luiz Carrera (PV), o ex-chefe de gabinete João Roma (PRB), o ex-secretário de Urbanismo Sílvio Pinheiro, o presidente da Câmara, Paulo Câmara (PSDB), e o ex-secretário de Educação Guilherme Bellintani (DEM).
(Reprodução: A Tarde on line)