Brasil

Cavendish desembarca no Rio e é detido pela Polícia Federal

Ele passou pelo IML e foi levado ao presídio Ary Franco, na zona norte do Rio.

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SÃO PAULO, SP, BRASIL, 18-04-2012: O empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construções S/A, durante entrevista exclusiva para a Folha de S.Paulo no escritório de seu advogado, o doutor José Luis Oliveira Lima, no Terraço Itália. (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress, PODER)O empresário Fernando Cavendish, ex-presidente da construtora Delta, desembarcou no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, por volta das 5h deste sábado (2) e, segundo informações da GloboNews, foi detido pela Polícia Federal. Ele passou pelo IML (Instituto Médico Legal) e foi levado ao presídio Ary Franco, na zona norte do Rio.

A Delta é suspeita de lavar R$ 307 milhões e de cometer irregularidades em obras do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e na construção do parque aquático Maria Lenk, usando no Pan de 2007.

Alvo da Operação Saqueador, que investiga um suposto esquema de lavagem envolvendo verbas públicas federais, Cavendish teve a prisão determinada pela Justiça, mas nesta sexta-feira (1°) o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, concedeu o direito à prisão domiciliar a ele e aos empresários Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e Adir Assad. Também foram beneficiados Claudio Abreu, ex-diretor da Delta, e Marcelo José Abbud.

Segundo amigos, Cavendish estava em Ibiza, na Espanha, quando a operação foi deflagrada. Agentes da Polícia Federal estiveram no apartamento dele, no Leblon, zona sul do Rio, na quinta-feira (30), mas não o encontraram. Ele teria viajado para participar de um casamento.

O empresário desembarcou de cabeça baixa e não falou com os jornalistas que estavam no aeroporto. Seguiu escoltado por policiais federais até o carro que o levou ao IML.

Todos os envolvidos terão de cumprir prisão em casa e precisarão usar tornozeleiras eletrônicas. A Folha apurou também que a decisão judicial os obriga a se afastarem dos comandos das empresas investigadas. Além disso, os empresários ficam proibidos de viajar e devem entregar os passaportes à Justiça. 

 

(Reprodução: Folha de São Paulo)