Eleições 2024

A política está polarizada no Brasil e terá impacto nas eleições municipais, afirma Éden

O presidente do PT Bahia critica a extrema-direita: “Trabalha não para vencer as ideias, mas para derrotá-las, para eliminá-las”. 

Vagner Souza
Vagner Souza

O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, afirmou nesta segunda-feira (13) que a política no país está polarizada e que este cenário terá impacto direto nas eleições municipais deste ano em todo o país, inclusive na Bahia entre os candidatos do governador Jerônimo e do presidente Lula contra os candidatos do ex-presidente Jair Bolsonaro. A afirmação foi feita em entrevista ao programa Sociedade em Movimento, da Rádio Sociedade.
 
“Não adianta ACM Neto dizer que a eleição estadual não terá influência nacional, não adianta Bruno Reis dizer que a eleição em Salvador não terá influência nacional. Por que eu estou dizendo isso? Não é uma preferência minha ou do PT, não, é porque a política está polarizada no Brasil”, afirmou o dirigente petista na Bahia.

“Olha os debates nas redes sociais, dos seus ouvintes aqui na rádio, qualquer debate na faculdade, na escola, no sindicato, no bar, no futebol, tudo acaba girando em torno de ‘se você votou em Bolsonaro, se você votou em Lula, se você defendeu o PT ou se está do outro lado’. Ficou um negócio meio bipolar, ou está com um ou está com outro, é ruim para a política isso, é péssimo. A democracia exige mais tons de cinza do que preto ou branco, é muito ruim, não é o nosso querer, mas simplesmente está polarizado”, disse Éden. 
 
Para o presidente do PT Bahia, os eleitores que vão escolher os prefeitos nas urnas em outubro deste ano vão fazer a comparação entre os apoiadores dos prefeituráveis, assim como ocorreu nas eleições gerais em que Jerônimo Rodrigues venceu e foi eleito governador da Bahia. “Os candidatos que se apresentarem em Salvador não é natural que o eleitor pergunte assim: esse é do time de A ou de B? Esse está no time de Lula ou é contra Lula? Pelo menos na saída, não estou dizendo que vai definir o voto, mas que alguma influência terá”, disse Éden, ao criticar a extrema-direita no Brasil: “Trabalha não para vencer as ideias, mas para derrotá-las, para eliminá-las”.