Bahia

Cortejo fúnebre da cafetina 'Cabeluda' atrai multidão ao som de Rita Lee em Cachoeira

A lendária cafetina Renildes Alcântara dos Santos, mais conhecida como Dona Cabeluda, foi velada e sepultada nesta terça-feira (7),

Reprodução/Flávia Azevedo e Instagram/Gleysa Teixeira
Reprodução/Flávia Azevedo e Instagram/Gleysa Teixeira

A lendária cafetina Renildes Alcântara dos Santos, mais conhecida como Dona Cabeluda, foi velada e sepultada nesta terça-feira (7), em Cachoeira, no Recôncavo baiano. A cerimônia reuniu centenas de pessoas nas ruas da cidade histórica.

O velório foi realizado na Câmara de Vereadores – antiga Casa de Câmara e Cadeia, na Praça 25 de Junho. Em seguida, a multidão seguiu para o Cemitério da Piedade em cortejo ao som do clássico "Pagu", de Rita Lee, que exalta a vida da paulista Patrícia Galvão, mulher de comportamento livre e à frente do seu tempo.

"Porque Dona Cabeluda foi revolucionária e merecia uma música à altura", justificou a historiadora Gleysa Teixeira, em comentário feito em um vídeo compartilhado por ela no Instagram. As imagens mostram o cortejo fúnebre sobre os paralelepípedos do município.

Dona Cabeluda faleceu na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira, aos 79 anos, devido a complicações na saúde.

 

 

Gleysa é autora do livro "Uma História de 'Cabeluda': Mulher, Mãe e Cafetina". A publicação independente narra a vida da dona de brega mais famosa do Recôncavo da Bahia.

"Sua presença marcante e seu legado deixam uma profunda saudade em nossa cidade. Dona Cabeluda foi uma figura querida e respeitada, cuja história virou o livro: Uma História de “Cabeluda”, uma obra da historiadora Gleysa Teixeira que consagrou-se como o livro mais vendido em Cachoeira e em outras cidades", destaca a nota de pesar emitida pela Prefeitura Municipal.

Foi a historiadora, escritora e mestra em Ciências Sociais que comunicou nas redes sociais – aos prantos – o falecimento de Dona Cabeluda, na segunda-feira (6).