O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu votos ao pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), durante o tradicional evento de 1º de Maio (Dia do Trabalhador) que aconteceu na quarta-feira (1º) na capital paulista (veja vídeo abaixo).
Em discurso, o chefe do Executivo federal classificou a eleição na maior cidade do país como uma "verdadeira guerra" e pediu para que os eleitores dele votem no psolista, que também é deputado federal.
"[…] por isso, quero dizer: Ninguém vai derrotar esse moço se vocês votarem no Boulos para prefeito nessas eleições. E eu vou fazer um apelo. Cada pessoa que votou no Lula em 1989, 1996, 1998, em 2006, 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo", afirmou o presidente.
Lula pede votos a pré-candidato a prefeito durante ato de 1º de Maio e adversários falam em crime eleitoral pic.twitter.com/cagt30Ky6e
— Portal Salvador FM (@PortalSsaFM) May 2, 2024
Após a repercussão da fala de Lula, os opositores do petista falaram propaganda antecipada e que Lula teria cometido crime eleitoral – a legislação impõe restrições à propaganda na chamada pré-campanha e proíbe pedido de voto.
A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pelo Novo, Marina Helena, entrou com ação direta na Justiça Eleitoral por propaganda antecipada contra Boulos e Lula. O Diretório Municipal do MDB de São Paulo, partido do prefeito Ricardo Nunes, pré-candidato à reeleição, afirmou, por meio de nota que considerou a fala de Lula propaganda eleitoral antecipada, e que “vai promover medidas jurídicas cabíveis, buscando a aplicação de multa ao presidente”.
Também diante da repercussão, o Palácio do Planalto apagou do CanalGov, do Youtube, a transmissão dos discursos do 1º de Maio.