O estado da Bahia corre risco de ficar sem combustível e gás de cozinha após a Refinaria Landupho Alves Mataripe (RLAM), administrada pela Acelen, ter reduzido sua capacidade de produção.
A situação veio à tona após o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) receber uma denúncia de que algumas unidades do equipamento estão paradas ou apresentando problemas operacionais que teriam sido provocados pelas fortes chuvas que caem na Bahia.
Ainda conforme a queixa, na tentativa de retomar a operação das unidades, um compressor da Unidade-39 (U-39) apresentou problemas, impossibilitando o retorno do craqueamento do petróleo (um processo químico que transforma frações de cadeias carbônicas maiores em frações com cadeias carbônicas menores). O problema teria deixado o estoque de combustíveis em seu nível mínimo.
A preocupação, também segundo a denúncia, é o impacto no abastecimento das distribuidoras, pois a previsão para a volta do craqueamento na U-39 seria de 10 dias, correndo risco de faltar os produtos no mercado baiano.
Em nota enviada ao Portal Salvador FM, a Acelen informou que as unidades responsáveis pela produção de gasolina e GLP, encontram-se em manutenção não-programada, o que reduziu a capacidade produtiva da refinaria.
"A empresa está adotando todas as medidas possíveis com vistas a reduzir a possibilidade de impacto no fornecimento dos produtos ao mercado, o que inclui compra de carga extra de GLP para reforçar os estoques e suprir o fornecimento durante a parada não-programada", explica a nota.