Política

Conselho de Política Indigenista, extinto por Bolsonaro, retoma as atividades

O CNPI tem como objetivo a elaboração e o acompanhamento das políticas públicas voltadas aos povos indígenas.

Divulgação| Lohana Chaves | Funai
Divulgação| Lohana Chaves | Funai

O Conselho Nacional de Política Indigenista foi reaberto nesta quarta-feira (17) pelo Ministério dos Povos Indígenas. Na reabertura, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, que preside o conselho, destacou a importância dos povos originários nos caminhos para o futuro do país.

"Já está claro que nossa atuação no cenário político brasileiro e mundial tem contribuído para o bem de toda a humanidade. A retirada de invasores das terras indígenas, por exemplo, contribuiu para a queda drástica do desmatamento na Amazônia."

Dissolvido em 2019 pelo governo Jair Bolsonaro e recriado pelo presidente Lula em 2023, o CNPI tem como objetivo a elaboração e o acompanhamento das políticas públicas voltadas aos povos indígenas. O conselho conta com 64 membros, de todos os estados do país. São 30 indígenas, 30 representantes de ministérios e autarquias, e mais quatro de entidades indigenistas.

Para nova fase, o coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas, Dinaman Tuxá, destacouo desafio no processo de reconstrução das políticas indigenistas. 

"Vai ser uma missão de reconstrução dos próximos 20 anos. Isso principalmente na pauta, no que tange, a política de demarcação e outras políticas públicas a serem implementadas dentro dos territórios indígenas. Infelizmente, o cenário de violência ainda permeia dentro dos territórios. Posso citar aqui o caso yanomami. Posso citar aqui o caso do povo pataxó, no extremo sul da Bahia, dos guarani kaiowá, entre outros."