O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e o presidente estadual do PT, Éden Valadares, comentaram a exoneração da "Número 2" da legenda no estado, Luciana Mandelli, do cargo de diretora-geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).
A medida, assinada pelo chefe do Executivo estadual, consta na edição desta quarta-feira (17) do Diário Oficial do Estado (DOE). Mandelli estava no posto desde janeiro de 2023, quando foi anunciada pelo próprio Jerônimo. No lugar dela assume o atual chefe de gabinete da Secretaria de Cultura (Secult), Marcelo Ferreira Lemos Filho. Ele vai responder cumulativamente pelas duas funções.
“Fazer as movimentações dentro do governo é natural. O partido, junto com o secretário Bruno Monteiro, dialogou sobre a necessidade de Luciana Mandelli assumir outra missão”, disse Jerônimo Rodrigues, na manhã de hoje, durante cerimônia de autorização para o início da segunda etapa das obras de requalificação da Feira de São Joaquim, na Cidade Baixa. No entanto, ele não revelou qual seria a próxima "missão" de Luciana. "Fecharemos logo de imediato o próximo ambiente em que ela irá contribuir", completou o petista.
Por sua vez, Éden Valadares disse que a saída da vice-presidente estadual do PT do cargo foi conversada com o secretário de Cultura do Estado, Bruno Monteiro, e o próprio Jerônimo Rodrigues, na semana passada.
Conforme o dirigente, Mandelli teve um papel importantíssimo na reorganização do Instituto, tanto interna como externamente. "[Ela deu] protagonismo à política de museus, de patrimônio histórico, no tombamento cultural, destaco a Beleza Negra do Ilê e a cultura Hip Hop", iniciou.
"Como quadro dirigente que é, logo assumirá novas tarefas", completou Éden, ressaltando que ela deve estar na linha de frente do projeto petista no estado.
Historiadora e militante política, ela atuou como coordenadora da campanha proporcional (deputados e senadores) durante as eleições de 2022.
Nos bastidores, no entanto, especula-se que a saída dela se deveu a embates internos com o secretário Bruno Monteiro. O IPAC, na Bahia, é subordinado à Secult, órgão do qual Bruno é titular.