O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Adolfo Menezes (PSD), considera gravíssima a situação envolvendo o deputado Binho Galinha (Patriota), que teve a esposa presa nesta terça-feira (9). O parlamentar com atuação em Feira de Santana e região é apontado pela Polícia Federal e Ministério Público estadual como líder de uma organização criminosa.
O chefe do Legislativo baiano comentou o caso logo após governo e oposição apresentarem nomes para a formação do Conselho de Ética da Casa.
"É claro que é uma situação gravíssima. Muitos deputados não querem, às vezes, fazer parte do Conselho de Ética, mas o líder Rosemberg (Pinto -PT) entregou hoje para publicar só amanhã, no Diário Oficial, os membros indicados para que se instale essa comissão e ver qual vai ser a determinação", explicou.
Adolfo Menezes ressaltou se tratar de um suposto crime, já que ainda ocorre em fase de investigação, mas opinou sobre a tramitação legislativa em casos como o de Binho Galinha.
"Um crime de menor potencialidade, tudo bem, deveria ir para o Congresso ou para as assembleias, mas como crimes ou supostos crimes, né, porque ninguém pode ser condenado pela nossa lei até o trânsito estar em julgado, mas pelo que se divulgou, crimes de uma gravidade dessa, supostos crimes de uma gravidade dessa, tinha de ser a Justiça que tinha de resolver, essa é só uma opinião desse presidente", pontuou.
Coincidência
O presidente da Casa ainda foi questionado sobre se houve coincidência da definição de nomes no exato dia em que uma nova operação foi realizada. "Não é coincidência, o problema aqui é o que é que ocorre, todos os deputados são independentes. Como é um assunto muito grave, que envolve muita coisa, os deputados são temerosos, então, um não quer participar, outro não quer participar, talvez isso tenha feito com que tenha vindo esse atraso", considerou Menezes.